Criminosos usam nome de hospital para aplicar golpe, em Paranavaí
Adriana Medina Úbeda foi vítima de um golpe, em Paranavaí, no noroeste do Paraná. Dizendo ser o médico da mãe dela, um homem fez ela transferir R$ 4,9 mil para realizar um suposto exame. O caso é investigado pela Polícia Civil (PC-PR).
Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, Adriana explicou que recebeu uma ligação do homem, na terça-feira (5), e não suspeitou que tratava-se de um golpe porque ele “sabia todo quadro clínico” da paciente.
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Segundo a vítima, ele se apresentou como clínico geral da Santa Casa de Paranavaí – onde a paciente está internada há uma semana – e disse que estava com os resultados dos exames. Naquele dia, a mãe de Adriana realmente havia recebido visita de médicos pela manhã e retirado sangue.
“Ele disse que eles sentaram e conversaram, ele e o infectologista do hospital, e detectaram essa bactéria no exame de sangue da minha mãe que ela havia feito pela manhã. […] e ele sabia a situação em que a minha mãe se encontrava no quarto”, Adriana lembra.
Santa Casa de Paranavaí registrou boletim de ocorrência sobre o caso.
Reprodução/RPC Noroeste
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Em seguida, o homem falou que precisaria realizar um exame urgente na paciente. Esse falso exame custaria R$ 4.930 e seria reembolsado, em três dias, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Adriana explicou que transferiu a quantia porque ficou feliz com a possibilidade de que a mãe poderia apresentar uma melhora.
Quando ligou para o irmão para repassar as informações, foi avisada por ele que o nome do médico com quem ela havia conversado não estava correto. Tentando apurar mais detalhes com o hospital, a mulher descobriu que foi vítima de um golpe.
O delegado Gilson Matos disse que está investigando o caso e buscando a identidade do suspeito.
O que diz a Santa Casa de Paranavaí
Em nota, a Santa Casa de Paranavaí informou que o suspeito pediu informações sobre a paciente para o laboratório do hospital. Héracles Arrais, diretor da unidade, disse à RPC que, para isso, o suspeito usou o nome de um médico que realmente trabalha no local.
Segundo o comunicado, o atendimento foi interrompido quando a funcionária percebeu que tratava-se de um golpe. Em seguida, ela registrou um boletim de ocorrência.
Foi aberta uma sindicância interna para apurar os procedimentos envolvidos.
“Neste momento, não há confirmação de qualquer incidente sistêmico ou vazamento de dados”, diz a nota.
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