Bobbie Goods da Quebrada: o livro de colorir que retrata a identidade das favelas de BH


Bobbie Goods da Quebrada: o livro de colorir de BH que retrata a identidade das favelas
Inspirado no estilo minimalista do americano Bobbie Goods, o livro de colorir Bobbie Goods da Quebrada chamou atenção nas redes sociais ao retratar cenas do dia a dia das favelas, como pipas no céu, motoboys nas ruas, mulheres fazendo unhas, o carro do ovo e o famoso cachorro Caramelo.
Criado pelo casal Weuler Marques e Rafaela Silva, moradores da Vila Mariquinha, na Região Norte de Belo Horizonte, o projeto surgiu como uma forma de exaltar a cultura das favelas.
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➡️ Bobbie Goods é uma marca dos Estados Unidos desenvolvida pela ilustradora Abbie “Bobbie” Gouveia. A coleção traz várias ilustrações de grupos de ursinhos, cachorros e outros bichinhos, pensadas para serem coloridas com canetas hidrográficas próprias.
O maior desafio, segundo Weuler, foi equilibrar a estética lúdica com a complexidade da vida do morador de comunidade.
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“A ideia era fazer com que as pessoas da nossa comunidade se sentissem representadas. Queríamos um produto com a alma da quebrada, que fala diretamente com quem vive essa realidade, além de mostrar, especialmente para nossas crianças, que favela também é cultura e lazer. Não queríamos retratar o que já é comum em outros tipos de mídia”, explica.
Quase 200 exemplares foram vendidos em menos de uma semana, e os criadores planejam transformá-la em coleção.
Bobbie Goods da Quebrada: livro infantil de BH retrata identidade das favelas
Jô Andrade/g1
‘Orgulho ao colorir’
Inicialmente feito para a Expo Favela, evento de empreendedorismo que aconteceu em julho, em BH, o livro chegou tímido: apenas 15 exemplares. Mas a demanda explodiu, e, em cinco dias, já eram quase 200 unidades vendidas, a R$ 29,90 casa.
O sucesso levou o grupo a repensar o projeto. A ideia agora é transformá-lo em uma coleção com novos volumes e temas.
Para Weuler, a proposta vai além da diversão. Bobbie Goods da Quebrada quer reforçar que a favela é também lugar de cultura e arte.
“É um produto que mostra que a quebrada tem tudo para ser o que ela quiser ser. Representa, emociona, cria orgulho. Queremos que as pessoas sintam orgulho ao colorir. Que elas entendam que, mesmo numa realidade preta e branca, a cor pode trazer alegria e vida e fazer a gente se enxergar”, disse.
Bobbie Goods da Quebrada
Jô Andrade/g1
Bobbie Goods da Quebrada
Jô Andrade/g1
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