A Itaúsa (ITSA4) divulgou nesta semana o resultado do segundo trimestre de 2025, apresentando crescimento de 11% no lucro líquido recorrente, para R$ 4,15 bilhões, impulsionado principalmente pelo desempenho do Itaú Unibanco, que representa mais de 90% de sua carteira de participações.
A companhia também anunciou o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) líquido de R$ 0,16 por ação, com data de corte em 18 de agosto e pagamento previsto para 29 de agosto. Esse valor se soma a proventos anteriormente declarados em junho, totalizando R$ 0,21 por ação em 2025 até o momento.
Detalhes dos proventos da Itaúsa
Tipo de Provento | Valor Líquido (R$) | Data-Com | Pagamento |
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JCP | 0,050 | 20/06/25 | 29/08/25 |
JCP | 0,160 | 18/08/25 | 29/08/25 |
Total | 0,210 | — | — |
Indicadores financeiros do 2T25
O trimestre foi marcado por crescimento operacional e eficiência financeira, com destaque para:
Indicador | 2T25 | Variação Anual |
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Lucro Líquido Recorrente | R$ 4,15 bi | +11% |
Lucro por Ação (LPA) | R$ 0,41 | +7%* |
ROE (Retorno sobre Patrimônio) | 18,4% | +0,5 p.p. |
Dívida Líquida | R$ 3,5 bi | -30% |
Alavancagem (Dívida Líq./Patrimônio) | 0,4x | — |
Cobertura de Juros | 14,3x | — |
Desempenho das principais participações
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Itaú Unibanco (ITUB4): Lucro recorrente cresceu 10,9%, com expansão de carteira de crédito e controle das provisões, apesar da Selic alta.
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Aegea Saneamento: EBIT ajustado +18,5%, com foco em projetos de longo prazo; lucro pressionado por maior alavancagem.
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NTS (gás natural): EBIT +12,7% e lucro em alta, mantendo baixa alavancagem e distribuição consistente de dividendos.
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Alpargatas (ALPA4): Lucro avançou 219% com retomada operacional e ajuste de custos.
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Copagaz (Copa Energia): EBIT +29%, lucro +33,3%, situação financeira estável.
Avaliação e perspectivas
Segundo consenso de mercado, o preço-alvo médio para ITSA4 é de R$ 12,57, representando potencial de valorização de 15,2% sobre a cotação atual. Analistas destacam o desconto holding de cerca de 21% no valor de mercado, considerado acima do “justo” para o segmento.
A expectativa é de que, caso a reforma tributária elimine a bitributação sobre JCP recebidos, os dividendos da Itaúsa aumentem de forma relevante no médio prazo, beneficiando acionistas de perfil de longo prazo.
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