O Bitcoin registra queda nesta terça-feira, acompanhando o movimento negativo das bolsas americanas, pressionadas pela expectativa do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. O dado, que será divulgado amanhã, é considerado decisivo para o rumo da política monetária do Federal Reserve.
Além da preocupação com a inflação, investidores mostram desconfiança em relação à credibilidade dos dados econômicos, após mudanças recentes na liderança do Departamento de Trabalho americano. Esse clima de incerteza levou a uma onda de vendas em ações de tecnologia e criptomoedas.
Análise técnica indica espaço para retomada
No gráfico diário, o Bitcoin apresenta formação semelhante a uma “estrela cadente”, padrão que geralmente sinaliza correção. Ainda assim, analistas apontam que a tendência de alta permanece válida se o preço se mantiver acima da faixa entre US$ 118.491 e US$ 116.302.
De acordo com projeções baseadas em ciclos anteriores, o atual movimento se assemelha a 2017 e 2021, quando o topo histórico ainda não havia sido atingido no mesmo ponto percentual do ciclo pós-halving. Isso mantém a perspectiva de novas máximas até o fim de 2025.
Liquidações favorecem cenário altista
Os dados de liquidações indicam forte concentração de posições vendidas que poderiam ser fechadas em caso de alta, gerando impulso adicional para o preço. Estima-se que, caso o Bitcoin atinja US$ 134 mil, cerca de US$ 9 bilhões em posições seriam liquidadas, contra apenas US$ 600 milhões se recuar para US$ 104 mil.
Suportes e resistências do Bitcoin
Faixa de Preço (US$) | Interpretação Técnica |
---|---|
116.302 – 118.491 | Zona de compra/suporte |
132.000 | Alvo da cunha descendente |
134.000 | Região de grande liquidação |
104.000 | Suporte secundário |
Entre as principais altcoins, Ethereum, Cardano, Solana e Avalanche apresentam movimentos de alta recentes, mas em níveis considerados esticados. A expectativa é de que recuos técnicos criem melhores pontos de entrada.
Cardano se destaca por estar dentro de uma bandeira de alta com potencial de buscar nova máxima histórica, enquanto Solana precisa romper resistências para confirmar tendência altista.
Apesar da volatilidade e dos riscos macroeconômicos — incluindo inflação nos EUA, tensões comerciais e incertezas no mercado de trabalho americano — o ciclo de alta do Bitcoin não mostra sinais de esgotamento. A manutenção do preço acima dos principais suportes e a configuração técnica sugerem que a correção atual pode ser apenas um respiro antes de novas valorizações.
O post Bitcoin à beira do próximo salto? Queda pode ser armadilha apareceu primeiro em O Petróleo.