A Petrobras inicia o segundo semestre com dois pontos de atenção para investidores: a manutenção dos dividendos ordinários, seguindo a política atual, e o avanço na Margem Equatorial, que pode se tornar um importante vetor de crescimento na produção. Apesar disso, a combinação de preços mais baixos do petróleo e investimentos robustos reduz o espaço para pagamento de proventos extraordinários em 2025.
Projeções e política de proventos
A estatal mantém sua política de distribuir 45% do fluxo de caixa livre quando o endividamento estiver abaixo do teto estabelecido no plano estratégico. Para 2025, as expectativas mais conservadoras apontam para um Dividend Yield de cerca de 13,4%, com pagamento total estimado em R$ 4,11 por ação, considerando o cenário atual de mercado.
Margem Equatorial: gatilho de crescimento
No dia 24 de agosto, será realizado um simulado de emergência na Foz do Amazonas, última etapa antes da possível liberação da licença para perfuração. Essa frente exploratória, em águas profundas e ultra profundas, pode elevar a produção e as reservas brasileiras, reforçando o potencial de geração de caixa no médio e longo prazos.
Impacto do preço do petróleo e do capex
O preço do barril de petróleo recuou para níveis próximos de US$ 65, abaixo da faixa considerada ideal para impulsionar proventos extraordinários (US$ 75–80). Paralelamente, o capex previsto para o ano se mantém elevado, pressionando o fluxo de caixa e limitando a capacidade de distribuição acima do mínimo estabelecido pela política.
Tabela de estatísticas e projeções
Indicador | Valor | Observação |
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Projeção de dividendos 2025 | R$ 4,11/ação | Cenário conservador |
Dividend Yield estimado | 13,4% | Com base na cotação atual |
Dividend Yield médio 6 anos | 20,9% | Inclui anos de proventos extraordinários |
Capex anual | ~US$ 18,5 bi | Foco em E&P e distribuição de gás |
Preço ideal do Brent para extra | US$ 75–80 | Faixa para maior geração de caixa |
Preço atual do Brent | US$ 65 | Abaixo do ideal para extras |
Perspectivas para o investidor
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Dividendos ordinários devem seguir estáveis, com base na política de 45% do fluxo de caixa livre.
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Extras se tornam menos prováveis em 2025 devido ao cenário de capex elevado e petróleo mais barato.
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Margem Equatorial pode ser o próximo motor de crescimento, mas depende da decisão regulatória.
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