Rui Costa destaca alinhamento estratégico no setor produtivo durante Bahia Export

Durante participação no Bahia Export, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou a relevância de eventos que reúnem empresários e representantes de diversos segmentos econômicos para discutir estratégias de desenvolvimento para o país. O fórum estadual de logística, infraestrutura e transportes é realizado nesta sexta-feira, 15, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no Stiep.”Debates como esses [são fundamentais] para que fique claro para não só para os empresários baianos, nordestinos, mas para que a gente alinhe as estratégias de desenvolvimento do setor produtivo, não só do setor que investe diretamente na infraestrutura, mas quem vai utilizar a infraestrutura, seja a indústria, seja o agronegócio, que precisa da infraestrutura para baratear seus custos de produção no mundo, que se torna cada vez mais competitivo, onde a diferença de preço e o enfrentamento a tarifas que são impostas”, afrimou.

Leia Também:

Flávio Dino se pronuncia sobre mudanças no foro privilegiado

STF define data do julgamento do Bolsonaro

Otto Filho propõe Observatórios para ampliar transparência pública

Bahia pode ganhar trem metropolitano conectando Camaçari ao Recôncavo

Tarifaço de Trump ao Brasil Rui voltou a comentar a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifas aos produtos de exportação brasileira. Ele afirmou que a medida mais eficaz para reduzir impactos econômicos é a diversificação da pauta exportadora, estratégia que, segundo ele, vem sendo adotada desde o início do governo Lula.“O presidente Lula anunciou um conjunto de estímulos e financiamentos para o setor mais afetado, além do monitoramento de empregos, mas a ação mais efetiva é a que já estamos implementando: a diversificação das exportações brasileiras. Em 2003, 26% das nossas exportações iam para os EUA; hoje, essa participação é de apenas 12%. Estamos fortalecendo relações com países do Brics, como China e Índia, com o mundo árabe e com a União Europeia — com quem devemos assinar o acordo Mercosul-UE até o fim do ano. Assim, ampliamos mercados e diminuímos a dependência de países mais ricos, ganhando musculatura para enfrentar períodos de turbulência como o atual”, disse.

|  Foto: Shirley Stolze | AG. A TARDE

Ataques de Trump ao Mais MédicosRui reagiu às declarações e medidas de Trump relacionadas ao programa Mais Médicos. Segundo ele, as falas ignoram o contexto atual do programa e a própria realidade do país.“Quando o programa foi lançado, no primeiro e segundo mandato do presidente Lula, era porque o Brasil não tinha médicos suficientes. Na última edição, 100% dos inscritos e habilitados foram brasileiros. Hoje, o país que mais tem médicos cubanos no mundo é a Itália, governada por um grupo de extrema direita semelhante ao dos EUA, e não vi nenhuma crítica a isso. No mundo árabe também há muitos médicos cubanos atuando, porque faltam profissionais, e igualmente não há qualquer comentário. Portanto, é uma fala fora de contexto da realidade e mostra um absoluto desconhecimento da realidade brasileira”, disse o minsitro. Investimento do Brasil em ferroviasPara o minsitro, o Brasil vive um momento singular e maciço de investimentos em ferrovias, com diversificação dos setores privados, parcerias público-privadas, e investimento diretamente públicos. “Um país continental como o Brasil não pode e não deve, se quer continuar sendo competitivo, continuar tendo predomínio de movimentação de cargas por rodovias. Isso custa muito caro, muito prejuízo e diminui a capacidade de competição das nossas empresas. Portanto, a estratégia de desenvolvimento é fortalecer ferrovias, cabotagem e hidrovias, e por isso estamos vivenciando um forte investimento em ferrovia e também usando os trilhos para passageiros urbanos”, pontuou Rui, completando que a proposta de um trem que ligará as ciadades de Salvador e Feira de Santana ainda está em fase de estudos. “Tem um estudo que está sendo tocado tanto pelo setor privado quanto pela infraestrutura em relação à Feira-Salvador, mas ainda está na fase de estudo e de projeto. E isso precisa ser debatido, mas não é algo par o curto prazo”, completou.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.