Um epicentro criativo no Centro do Rio
Entre o mar que contorna o Píer Mauá e os galpões que respiram história e modernidade, o Rio Innovation Week transformou o Centro do Rio em um epicentro criativo, onde ideias dançavam entre o futuro e o presente. A cada esquina do evento, era possível sentir que inovação não se resume a circuitos e códigos: ela pulsa em diálogos, em gestos de cuidado e em olhares que conectam realidades distintas. Durante quatro dias de programação intensa, o encontro costurou tecnologia, arte, bem-estar e impacto social em uma mesma narrativa — com espaço para reflexões profundas e experiências sensoriais.
Destaques do mercado de inovação
Muitos nomes do mercado de inovação estiveram no evento, como a futurista Amy Webb, que destacou o potencial do país para liderar a inovação sustentável. “O Brasil poderia — e deveria — ser líder global no futuro da agricultura. Mas isso exige visão, colaboração e confiança para assumir riscos. O futuro já chegou, e vocês merecem estar no centro dele”, afirmou. E nos palcos, talentos e vozes agenciadas pela Casé Fala se destacaram: Ana Fontes, Sil Bahia, Mary Del Priore e Mariana Bridi.
Liderança feminina e diversidade
A empreendedora social Ana Fontes participou do painel sobre liderança feminina e diversidade como motor de inovação humana. “Somos o oitavo país mais desigual do mundo, com 3% da população detendo 60% da riqueza. Apenas 15% do Congresso é composto por mulheres — e é lá que se decide, inclusive, o nosso futuro, embora sejamos 54% da população”, pontuou.
O futuro do trabalho e a tecnologia
Na terça-feira, a codiretora do Olabi, Sil Bahia, integrou o debate O futuro do trabalho na era da IA e da emergência climática, ao lado de outros especialistas. Para ela, avanços tecnológicos e transições verdes não beneficiam igualmente todas as pessoas. “Gênero, raça, território e classe definem quem tem mais oportunidades, quem arca com os maiores impactos e quem fica invisível nas decisões”, afirmou. “O futuro do trabalho, para ser justo, precisa ser plural. E a tecnologia, para ser transformadora, precisa servir à vida”, concluiu.
Yoga como cuidado integral
No palco Globo, a atriz e criadora de conteúdo Mariana Bridi compartilhou experiências pessoais no painel sobre o impacto do yoga, ao lado de Flávia Alessandra e da professora Esther Bruno de Azevedo. Entre risos e lembranças do pós-quarentena, falou sobre a prática como aliada da saúde física e mental, sem barreiras etárias. “Não é só uma rotina, é um ritual — e um cuidado que precisa estar no nosso dia a dia. O yoga acolhe qualquer idade e qualquer corpo, e é isso que o torna tão transformador”, disse.
Design, som e imagem em destaque
Celebrando 20 anos de atuação, o estúdio Radiográfico fez sua estreia no evento com o painel Do Som à Imagem: O Projeto Visual da Última Turnê de Gil, e com uma exposição no Galpão Cobra. Os sócios Olívia Ferreira e Pedro Garavaglia, ao lado da diretora de arte Fernanda Guizan, revelaram os bastidores da construção estética da turnê Tempo Rei, de Gilberto Gil — um trabalho que entrelaçou som e imagem em uma experiência imersiva. “Participar do Rio Innovation Week, justamente nesse momento simbólico, reforçou nosso entendimento de que o design é mais do que solução estética — é pensamento que gera impacto, cria linguagem e transforma experiências”, comentou Olívia. Para Pedro, foi a chance de “mostrar que o design pode (e deve) estar no centro das transformações culturais, simbólicas e econômicas do nosso tempo”.
Inovação profundamente humana
Seja no gesto delicado de uma postura de yoga, no traço preciso de um cartaz de show ou na provocação política de uma fala, o Rio Innovation Week mostrou que a verdadeira inovação não é apenas tecnológica — é profundamente humana.
Fotos: Divulgação
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