A Selic está em 15% ao ano, o que eleva o CDI e, por consequência, a remuneração de CRIs pós-fixados. Nesse ambiente, fundos imobiliários (FIIs) de papel indexados ao CDI tendem a entregar distribuições maiores aos cotistas. Entre os destaques, KNCR11, VGIR11 e RBRY11 vêm sinalizando reforço dos cupons, sustentados por spreads sobre o CDI e carteiras diversificadas.
Por que os FIIs de papel sobem a renda com juros altos
FIIs de papel compram CRIs remunerados em CDI + spread. Com o CDI elevado:
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o resultado financeiro dos CRIs cresce;
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a distribuição mensal tende a acompanhar o movimento, respeitando caixa, marcação a mercado e política de reservas;
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fundos com spreads mais altos capturam ganho adicional — em troca de maior risco de crédito.
KNCR11: escala e perfil high grade
O KNCR11, de grande porte, mantém carteira majoritariamente pós-fixada em CDI, com foco em crédito high grade e spreads moderados. Em 2025, o fundo acelerou o patamar de proventos mês a mês, refletindo o CDI mais alto e a rápida reciclagem de caixa em operações de curto prazo.
Pontos-chave
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Carteira ampla e pulverizada em CRIs CDI+.
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Política conservadora de risco e liquidez, favorecendo estabilidade na renda.
VGIR11: “puro CDI” com cupom adicional
O VGIR11 atua como exposição quase integral ao CDI, priorizando operações com spreads superiores à média. Na prática, isso tende a turbinar a renda quando o CDI está alto — mas exige tolerância a oscilações e acompanhamento de crédito.
Pontos-chave
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Predominância de CRIs CDI + spread elevado.
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Potencial de distribuições acima do CDI líquido, com maior risco relativo.
RBRY11: CDI na veia e spreads robustos
O RBRY11 elevou a participação de operações pós-fixadas ao CDI para a maior parte do portfólio, com spreads competitivos. O fundo vem reajustando os proventos ao longo do ano, suportado por realocações e ganho financeiro do CDI alto.
Pontos-chave
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Exposição majoritária em CDI, com spreads na faixa alta.
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Sensível à marcação a mercado das cotas, pedindo visão de médio prazo.
Tabela comparativa — tese e indicadores (2025)
Fundo | Indexador predominante | Perfil de risco | Direcionadores de renda | Leitura para juros a 15% |
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KNCR11 | CDI | High grade | Escala, liquidez, spreads moderados | Tendência de renda estável e acompanhando CDI |
VGIR11 | CDI | Intermediário/alto | Spreads acima da média | Renda potencialmente maior, com mais risco de crédito |
RBRY11 | CDI | Intermediário | Spreads robustos, reciclagem ativa | Incremento de proventos com sensibilidade a preço de tela |
Observação: indicadores financeiros (DY, valores por cota) variam conforme preço de mercado, caixa e cronograma de pagamentos de cada fundo.
Riscos e pontos de atenção
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Crédito: spreads elevados aumentam retorno esperado, mas também a probabilidade de eventos de inadimplência e reestruturações.
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Marcação a mercado: com CDI alto, cotas podem oscilar; foque no fluxo recorrente.
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Gestão de caixa: emissões, amortizações e pré-pagamentos podem suavizar ou acelerar o repasse do CDI aos proventos.
Como usar na carteira
Para renda passiva resiliente, combine FIIs CDI (proteção a juros) com FIIs IPCA+ (proteção a inflação). A diversificação por indexador, gestor e rating reduz a concentração de risco e suaviza a renda ao longo do ciclo.
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