Evento conecta jovens com oportunidades profissionais no universo dos games

Jogos digitais de dança, futebol, construção, entre outros, são o chamativo do evento Favela Gaming, que busca destacar esse universo como uma possibilidade real de desenvolvimento profissional. A atividade que aconteceu neste fim de semana no bairro de Amaralina, além de disponibilizar a possibilidade de jogar com amigos, ofertou acesso acurso online de desenvolvimentos de jogos(200vagas), palestras e competições.A mãe, administradora e moradora de Amaralina, Aline Sena, 43 anos, aproveitou o domingo, para levar os filhos Gabriel e Pedro, de12 e 8 anos respectivamente, junto com os sobrinhos Miguel e Rafael, de 15 e 12, para o evento.  “Eles integram uma geração muito ligada nessa questão digital. Se eles conseguem transformar isso numa atividade possível, produtiva, acho bom demais. Eles jogam muito em casa no celular e, às vezes, no notebook”, conta.  É no Lab Favela Móvel que foi disponibilizado local para o público jogar Just Dance– jogo de dança em que o jogador precisa repetir os movimentos da tela –, além de computadores e videogame com outras opções de jogos.  Para o graduando de TI (Tecnologia da Informação), Alan Duplat, 21 anos, o evento foi uma oportunidade não só de jogar, mas para ajudar a seguir sua carreira futura: desenvolvedor de jogos. “Costumo jogar no computador. Minha vontade é trabalhar criando jogos, então o curso é algo que me gera interesse”, comenta.Para a gestora do Instituto Entre Aspas, Luciana Pimentel, que atua com projetos sociais, a ação é um momento importante para jovens de periferia por mostrar que, além de entretenimento, o jogo é uma possibilidade de atividade profissional.     “Transforma a ideia que no mundo dos games só existe o jogador. É mostrar para a juventude as diversas possibilidades de trabalho como ilustrador, produtor, criador, quem vai atuar com vídeo. Temos várias potências que não são reconhecidas porque, às vezes, falta esse conhecimento de que isso pode ser uma profissão”, pontua.Responsável pelo Favela Gaming, Mari Martins aponta que a única coisa que distância a população periférica de mercados como o dos jogos é a falta de oportunidades. “O que falta é basicamente a oportunidade. Sabemos que é uma galera com muito potencial, muita capacidade. Tanto que temos exemplos reais dentro das nossas empresas que mostram isso, então o que falta é só oportunidade e a gente está trazendo essa oportunidade aqui”, afirma.  O Favela Gaming foi organizado pela empresa de economia criativa Final Level Co, em parceria com a ONG Gerando Falcões, de desenvolvimento social em comunidades, e o YouTube Gaming, que é parte de conteúdo de jogos do YouTube. Com a soma dessas iniciativas, o projeto já passou pelas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo antes de chegara Salvador e, agora, a ação segue para Recife, João Pessoa e Fortaleza.    
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