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Para a Justiça, os atos configuram racismo recreativo, conforme previsto na Lei 7.716/1989, agravado pelo contexto de diversão e pela participação de mais de uma pessoa.A juíza Simone de Faria Ferraz destacou, na sentença, que as rés “animalizaram” as crianças e exploraram a situação para ganhar visibilidade nas redes sociais.Devido ao ocorrido, o menino passou a ser chamado de “macaco” pelos colegas e abandonou o sonho de se tornar jogador de futebol, enquanto a menina precisou de acompanhamento psicológico e se isolou socialmente.Nancy e Kerollen, que são mãe e filha, alegaram que não tinham a intenção de ofender, afirmando que se tratava de uma trend do TikTok. Nancy declarou desconhecer o conceito de racismo e que apenas queria “alegrar as crianças”, enquanto Kerollen afirmou ter compreendido a gravidade dos atos apenas após a repercussão negativa.Elas poderão recorrer em liberdade, mas estão proibidas de publicar conteúdos semelhantes nas redes sociais ou manter contato com as vítimas. A Justiça determinou que, após o trânsito em julgado, sejam expedidos mandados de prisão e cartas de sentença.