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As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 20, após o indiciamento da Polícia Federal (PF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao seu filho Eduardo, deputado federal licenciado, por obstrução à Justiça sobre a trama golpista. O Portal A TARDE teve acesso ao documento.Na mensagem, Malafaia ainda diz que mantém contato com assessores e representantes do governo Donald Trump. Ele ainda cobrou uma declaração pública do ex-presidente. “[…]. Você não vai xingar o STF. Você não vai esculhambar o ALEXANDRE DE MORAES. Mas você pode colocar, sim, e deve ‘Olha, minha gente, a questão da tarifa de DONALD TRUMP não tem a ver com a economia. Tem a ver com liberdade e justiça”, afirmou Malafaia. E em seguida, ele complementa: “Eu não quero ver retaliações sobre Ministros do STF e suas famílias. Eu não quero ver isso. É só resolver a questão da ANISTIA que isso acaba’”. Já em resposta, Bolsonaro tentou ligar para Malafaia, mas não teve retorno. Depois, ele mandou uma mensagem ao pastor afirmando que escreveu uma carta. Mais tarde, às 12h04, Silas Malafaia avalia positivamente a carta escrita por Jair Bolsonaro, mas orienta o ex-presidente a gravar um vídeo propagando a narrativa, na tentativa de coagir o STF.Entenda o casoA Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no âmbito sobre a obstrução das investigações da trama golpista que previa um golpe de estado no Brasil após o resultado das eleições de 2024.O relatório final do órgão foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta, 15, e imputa a ambos os indiciados os crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.A PF investigava Eduardo por conta da sua atuação nos Estados Unidos, onde está desde março alegando “perseguição”, onde articula pedidos de sanção contra o governo e autoridades brasileiras, a exemplo do Tarifaço e da execução da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.Pedido de asiloAinda de acordo com o relatório, Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar por determinação de Moraes, teria discutido com aliados a possibilidade de pedir asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei.Um documento sem data e assinatura, e no qual consta um pedido de asilo político em regime de urgência para Bolsonaro, foi encontrado no smartphone do ex-presidente e revela que Bolsonaro já planejava deixar o país desde fevereiro de 2024.