A Petrobras (PETR3.SA) informou na noite desta quarta-feira que Pietro Mendes renunciou à presidência da companhia e ao seu assento no conselho de administração. A decisão foi tomada após a aprovação de seu nome pelo Senado para ocupar a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão regulador do setor no Brasil.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a renúncia ocorre em conformidade com o estatuto social da estatal. O conselho de administração da Petrobras poderá eleger um novo presidente interino para o cargo, que permanecerá até a realização da próxima assembleia geral de acionistas.
Transição em momento estratégico
A saída de Pietro Mendes acontece em um período estratégico para a companhia, que vem enfrentando desafios de governança e decisões sensíveis sobre distribuição de dividendos e investimentos em novas fronteiras exploratórias. Mendes assumirá agora um papel central na regulação da indústria de petróleo e gás brasileira, com impacto direto nas operações da própria Petrobras.
A nomeação de Mendes para a ANP foi chancelada pelo Senado no início desta semana, o que acelerou o processo de transição. Sua experiência prévia no setor e na própria Petrobras foi considerada determinante para sua indicação ao novo cargo.
Conselho da Petrobras deve escolher substituto
O estatuto da Petrobras prevê que, em casos de vacância, o conselho de administração pode nomear um presidente interino. Esse novo nome terá mandato provisório até a assembleia geral, onde os acionistas definirão se a escolha será mantida ou alterada.
A estatal ainda não divulgou nomes cotados para a substituição de Mendes, mas a expectativa é que a escolha recaia sobre um nome técnico, com trânsito no setor energético e alinhado às diretrizes da atual gestão.
Impacto no mercado
A saída repentina do presidente da Petrobras gerou cautela nos mercados. As ações da empresa apresentaram leve oscilação no pregão desta quinta-feira, refletindo a expectativa em torno da nova liderança e da condução estratégica da companhia nos próximos meses.
A mudança também reacende o debate sobre a influência política nas estatais e os limites de atuação dos seus dirigentes em órgãos reguladores, especialmente em um momento de transição energética e redefinição de prioridades no setor de óleo e gás.
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