Brasil pode receber submarinos nucleares antes da Austrália, apontam análises

Os submarinos nucleares voltaram ao centro das atenções globais em setembro de 2021, após o anúncio do pacto AUKUS, firmado entre Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, para fortalecer a capacidade militar australiana com a construção de embarcações desse tipo. O acordo foi considerado histórico, já que os EUA nunca haviam compartilhado essa tecnologia com nenhum aliado além dos britânicos.

No entanto, longe de Perth — onde futuramente os submarinos australianos poderão ser baseados —, o Brasil tem desenvolvido discretamente, ao longo de décadas, um projeto que pode colocá-lo à frente da Austrália nessa corrida estratégica.

O projeto nuclear brasileiro

Desde os anos 1970, o Brasil mantém investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento de propulsão nuclear para submarinos, com a liderança da Marinha do Brasil. O programa ganhou corpo com a construção do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (Labgene), em Iperó (SP), projetado para abrigar o reator que servirá como base para a frota nuclear.

O projeto é estratégico para garantir independência tecnológica, aumentar a capacidade de defesa do litoral e projetar o país como uma potência regional com alcance global.

Comparação com a Austrália

Enquanto a Austrália ainda depende do suporte técnico e político dos EUA e do Reino Unido para viabilizar sua frota nuclear, o Brasil trabalha com tecnologia própria e já está em fase avançada de testes. Isso significa que, apesar da vantagem diplomática australiana, o primeiro submarino nuclear brasileiro pode estar operacional antes da frota australiana.

Impacto geopolítico

Se confirmado, esse avanço brasileiro teria repercussões importantes no equilíbrio de forças internacionais. O país seria o primeiro da América Latina a operar submarinos nucleares, ampliando sua influência militar e estratégica.

Ao mesmo tempo, esse protagonismo pode gerar debates sobre não proliferação nuclear e segurança na região, já que o uso da tecnologia em questão, mesmo pacífico, exige transparência perante organismos internacionais como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

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