Em mais uma rodada de medidas para intensificar a chamada “pressão máxima” sobre o Irã, o governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (22), a imposição de sanções contra uma rede de transporte marítimo ligada ao empresário grego Antonios Margaritis, além de duas empresas chinesas responsáveis por terminais e armazenamento de petróleo bruto. A iniciativa tem como objetivo cortar as receitas oriundas das exportações iranianas, acusadas de financiar programas de armamentos avançados em Teerã.
Empresário grego e frota paralela
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA incluiu na lista de sanções o cidadão grego Antonios Margaritis, sua rede de empresas e quase uma dúzia de embarcações ligadas à chamada frota paralela do Irã, uma estrutura que permite ao regime iraniano driblar restrições internacionais e seguir exportando petróleo.
Segundo o Tesouro, Margaritis “aproveitou suas décadas de experiência na indústria naval para facilitar ilicitamente o transporte e a venda de petróleo iraniano”, violando as sanções em vigor e contribuindo para o financiamento de atividades militares do regime.
Alvo na China: terminais estratégicos
Além do setor marítimo europeu, os EUA ampliaram suas sanções para incluir duas empresas chinesas operadoras de terminais de petróleo:
- Shandong Port Group, que opera na área portuária de Dongjiakou, província de Shandong — o maior ponto de entrada de petróleo iraniano na China;
- Yangshan Shengang International Petroleum Storage and Transportation Co., Ltd, localizada na província de Zhejiang, também na costa leste chinesa.
De acordo com o Departamento de Estado, essas empresas facilitaram a importação de milhões de barris de petróleo iraniano, usando navios-tanque previamente sancionados por Washington.
Esta é a quarta rodada de sanções americanas contra operadores de terminais baseados na China apenas em 2025, demonstrando a ofensiva crescente dos EUA para tentar conter o fluxo de petróleo entre Teerã e Pequim.
China resiste à pressão
Apesar das sanções, a China segue como principal cliente do petróleo iraniano, sendo responsável por cerca de 90% das exportações do país persa. Refinarias independentes chinesas, conhecidas como “teapots”, continuam absorvendo petróleo iraniano com preço mais competitivo, desafiando a autoridade de Washington.
Desde o início do ano, os EUA vêm aplicando sanções não apenas contra navios e operadores logísticos, mas também contra refinarias e centros de armazenamento localizados em território chinês.
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