A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta quinta-feira (21) o Panorama do Mercado de Combustíveis no Brasil referente a agosto de 2025. O relatório aponta que a demanda brasileira por combustíveis líquidos deve crescer 1,9% em 2025, o que equivale a um acréscimo de 2,9 bilhões de litros no consumo nacional. Para 2026, a previsão é de novo crescimento de 1,9%, totalizando mais 3,1 bilhões de litros.
Fatores que impulsionam o crescimento
O avanço é atribuído a um conjunto de fatores econômicos e sociais. O crescimento da economia, aliado ao baixo índice de desemprego, deve manter o ritmo de consumo elevado. Além disso, políticas de transferência de renda e os investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) fortalecem a atividade econômica.
Outro ponto de destaque é a safra recorde de grãos prevista para 2025/26, que impulsionará o transporte rodoviário e, consequentemente, a demanda por diesel. O relatório da EPE projeta que o consumo desse combustível ultrapassará 72 bilhões de litros até 2026, consolidando-o como o mais representativo da matriz de transportes brasileira.
Etanol e ciclo Otto em expansão
O consumo de combustíveis do ciclo Otto (gasolina e etanol) mantém trajetória de crescimento nos últimos anos. A safra favorável de cana-de-açúcar 2025/26 e o avanço consistente do etanol de milho sustentam a oferta e garantem competitividade ao biocombustível.
Desde 1º de agosto de 2025, o teor de etanol anidro na gasolina comum C passou para 30%, fortalecendo a participação do combustível renovável na matriz energética nacional. A EPE estima que a demanda por etanol hidratado também permanecerá em níveis elevados nos próximos anos.
Aviação e eficiência energética
No setor aéreo, as projeções indicam um crescimento moderado no consumo de querosene de aviação, sustentado principalmente pelos ganhos de eficiência operacional e energética das companhias aéreas.
Com o cenário positivo, a EPE reforça que a tendência de expansão da demanda de combustíveis líquidos no Brasil seguirá firme até 2026, apoiada tanto em indicadores macroeconômicos quanto em perspectivas agrícolas e políticas públicas voltadas para infraestrutura e energia.
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