O fundo imobiliário GARE11, conhecido por seus altos dividendos no mercado de FIIs de tijolo, anunciou a venda de 10 lojas comerciais localizadas em contratos com o Grupo Mateus e o Pão de Açúcar. O negócio foi fechado em R$ 485,5 milhões, valor que será pago parcialmente à vista e o restante parcelado em 60 meses (5 anos).
Segundo o fato relevante, a operação vai gerar lucro bruto de R$ 156 milhões, equivalente a R$ 1,6 por cota, além de reforçar o caixa em aproximadamente R$ 131 milhões.
Impacto nos dividendos
Hoje, o GARE11 distribui cerca de R$ 0,08 por cota em dividendos. A venda representa um salto expressivo, mas a distribuição dos lucros deve ser diluída ao longo dos próximos anos, evitando um impacto abrupto nos rendimentos mensais.
Além disso, a gestão informou que parte do valor será destinada à redução de R$ 360 milhões em dívidas, fortalecendo a saúde financeira do fundo e reduzindo a alavancagem.
Estratégia da gestão e perspectivas
A venda dos imóveis traz efeitos de curto e longo prazo. No curto prazo, os investidores não devem ver todo o lucro distribuído de imediato, já que o contrato prevê pagamentos parcelados. No entanto, o reforço de caixa dá ao fundo margem para novas aquisições estratégicas ou oportunidades de mercado.
Com menos imóveis em carteira, a renda de aluguéis tende a cair, mas a gestão aposta no equilíbrio entre o lucro obtido, o pagamento das dívidas e a liquidez adicional para manter a atratividade do fundo.
Lições para investidores
A operação mostra que, em fundos de tijolo como o GARE11, a cotação em bolsa não é o único indicador a ser considerado. O valor dos imóveis físicos segue sendo um pilar de valorização. Mesmo com oscilações na cotação, a venda de ativos gera lucros reais que retornam ao investidor.
Para quem busca renda passiva e valorização no médio e longo prazo, o movimento reforça a importância de acompanhar fatos relevantes e relatórios gerenciais, mais do que apenas as oscilações do preço de mercado.
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