Pernambuco corta 13º do Bolsa Família e gera revolta entre mães

O governo de Pernambuco, sob a gestão de Raquel Lyra, decidiu não pagar o 13º do Bolsa Família em 2025, gerando forte indignação entre as beneficiárias do programa social. O benefício, conhecido como abono natalino, era pago tradicionalmente entre fevereiro e abril desde a gestão anterior de Paulo Câmara, mas foi completamente suspenso neste terceiro ano da nova administração estadual.

Benefício extinto após atrasos sucessivos

O abono natalino do Bolsa Família em Pernambuco vinha sofrendo atrasos desde o início da gestão de Raquel Lyra. Em 2023, o pagamento foi feito somente em junho — diferentemente do calendário habitual. Em 2024, houve novo atraso e o depósito ocorreu apenas em agosto. Já em 2025, o benefício foi completamente cancelado.

A justificativa inicial do governo para os atrasos foi a alegada falta de recursos no início do mandato. No entanto, críticos apontam que o corte definitivo representa um grave retrocesso na política de assistência social do estado, atingindo diretamente mães e famílias em situação de vulnerabilidade.

Paraíba mantém abono; Pernambuco recua

Com o fim do pagamento em Pernambuco, a Paraíba permanece como o único estado brasileiro que ainda oferece o 13º do Bolsa Família. O abono natalino era visto como um suporte importante, ainda que modesto — R$ 150 — para cobrir despesas emergenciais como medicamentos, alimentação e itens básicos para o lar.

Em um vídeo que repercutiu nas redes sociais, o comunicador Geovanne Santos lamentou a decisão e expressou solidariedade às mães pernambucanas:

“Era pouco, sim, mas fazia diferença. Representava a chance de comprar um remédio, uma mistura, algo que o valor mensal não cobre. Agora, elas foram abandonadas.”

“Retrocesso” na assistência social

A medida tem sido classificada por lideranças comunitárias e influenciadores sociais como um “retrocesso” na proteção aos mais pobres. Para muitos, o governo estadual perdeu a oportunidade de consolidar e ampliar uma política pública que já fazia parte da expectativa anual de milhares de famílias.

“Não é uma marca que qualquer político desejaria ter sobre si. O estrago está feito. Em vez de debater a ampliação do valor, estamos lamentando o corte.”

Impacto direto na vida das famílias

O abono natalino, embora não fosse incorporado ao valor fixo do Bolsa Família, era uma fonte de alívio no início do ano, quando as famílias enfrentam maiores despesas. Segundo relatos, muitos já contavam com esse valor como parte do orçamento anual.

A suspensão do pagamento em 2025 quebra essa expectativa e amplia a sensação de insegurança entre as beneficiárias. Para mães solo, em especial, o corte é sentido como um abandono institucional.

 

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