Queda do dólar derruba projeções de inflação e abre espaço para corte de juros no Brasil

As projeções de inflação no Brasil seguem em trajetória de queda, segundo o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira. Pela 13ª semana consecutiva, o mercado revisou para baixo as estimativas, que agora estão em 4,86% para 2025. Embora o índice ainda esteja acima da meta do governo, de 4,5%, o cenário representa um alívio significativo em relação às previsões do início do ano, quando a expectativa ultrapassava 6%.

Um dos principais fatores que impulsionam essa melhora é a queda do dólar. A moeda americana encerrou o pregão cotada a R$ 5,41, bem abaixo dos mais de R$ 6 registrados no começo do ano. Como diversos produtos e insumos são precificados em dólar, desde alimentos até itens da indústria, a desvalorização da moeda norte-americana contribui diretamente para a desaceleração da inflação.

O movimento também está ligado à piora da economia dos Estados Unidos, especialmente ao enfraquecimento do mercado de trabalho, em meio à guerra tarifária conduzida pelo ex-presidente Donald Trump. A expectativa de corte de juros por parte do Federal Reserve já no próximo mês fortalece a tendência de desvalorização do dólar globalmente.

Com isso, crescem as apostas de que o Banco Central brasileiro pode antecipar uma nova rodada de cortes na taxa Selic ainda este ano, o que traria fôlego extra para a economia e o bolso do consumidor.

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