Os contratos futuros do petróleo bruto WTI avançaram para US$ 63,8 o barril nesta quarta-feira (27), uma alta de 0,94% em relação ao fechamento anterior. O movimento representou uma recuperação parcial após a queda de 2,4% registrada no dia anterior, refletindo a reação dos investidores a dados de estoques divulgados pelo governo dos Estados Unidos.
Estoques caem além das previsões
De acordo com os números oficiais, os estoques de petróleo bruto recuaram 2,39 milhões de barris, para 418,3 milhões, superando as expectativas do mercado. No centro de Cushing, Oklahoma — ponto de entrega dos contratos futuros —, houve uma redução adicional de 838 mil barris, o que reforçou a percepção de firmeza na demanda.
Já os estoques de gasolina diminuíram 1,2 milhão de barris, queda menor do que a projetada, enquanto os destilados surpreenderam com baixa de 1,8 milhão de barris, contrariando previsões de aumento. Esses números sugerem que o consumo de combustíveis segue consistente, mesmo em meio a incertezas sobre o impacto de tarifas comerciais nos próximos meses.
Tensões comerciais aumentam
Além dos dados de oferta e demanda, o mercado acompanha os desdobramentos da decisão dos Estados Unidos de elevar as tarifas sobre importações indianas para 50%, o nível mais alto aplicado a um país asiático. A medida foi uma resposta de Washington à manutenção das compras de petróleo russo por Nova Déli.
Apesar da pressão diplomática, refinarias indianas indicaram que devem manter os volumes de importação atuais, sinalizando resistência em alterar sua matriz de suprimentos no curto prazo.
Panorama das commodities energéticas
O movimento do WTI foi acompanhado por outras referências no mercado:
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Brent: US$ 67,64 (+0,62%)
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Gás natural: US$ 2,90 (+3,79%)
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Gasolina: US$ 2,14 (+0,33%)
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Óleo de aquecimento: US$ 2,28 (+0,10%)
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Carvão: US$ 111,55 (+0,22%)
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Óleo dos Urais: US$ 63,56 (-1,03%)
O contraste entre quedas de preços em algumas commodities e a alta do WTI reflete um cenário de volatilidade acentuado, em meio à combinação de dados de estoques e incertezas geopolíticas.
Contexto de longo prazo
Desde o início de 2025, o petróleo acumula queda superior a 14% no WTI e 12,8% no Brent, pressionado por preocupações com o crescimento econômico global e a política de tarifas dos EUA. Ainda assim, as recentes quedas nos estoques americanos mostram que o equilíbrio entre oferta e demanda segue instável, podendo gerar novas oscilações no curto prazo.
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