A Petrobras deu um passo decisivo rumo à exploração de petróleo na costa do Amapá após a conclusão bem-sucedida da avaliação pré-operacional conduzida pelo IBAMA na bacia da Foz do Amazonas. O simulado, realizado entre domingo e quarta-feira (última semana de agosto), contou com três dias de testes em condições reais e não registrou qualquer intercorrência.
A simulação entre equipes da Petrobras e técnicos do IBAMA representou a última etapa técnica antes da possível emissão da licença ambiental para perfuração do primeiro poço exploratório na margem equatorial brasileira — região que desperta grande interesse geológico e estratégico para o setor de energia.
Aposta bilionária da Petrobras
A Petrobras já investiu milhões de dólares em infraestrutura para atender às exigências ambientais, incluindo a construção de centros de atendimento à fauna e flora, navios de contenção e sistemas de monitoramento. A estatal busca a autorização desde 2023, quando teve um pedido negado, mas insistiu diante do potencial da região, especialmente ao observar os avanços de países vizinhos, como Guiana e Suriname, que já exploram a mesma formação geológica com sucesso.
Potencial estratégico para o Norte do Brasil
Especialistas do setor destacam que a descoberta de petróleo e gás na região poderia impulsionar o desenvolvimento econômico do Norte brasileiro, promovendo infraestrutura, emprego e arrecadação de royalties em estados historicamente desfavorecidos em investimentos petrolíferos.
O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Roberto Ardenghy, afirmou em entrevista que as expectativas são altas. “A geologia da margem equatorial brasileira é promissora. Já houve descobertas significativas na Guiana e no Suriname, que geologicamente fazem parte da mesma bacia. A confirmação de hidrocarbonetos pode atrair ainda mais investimentos e outras empresas para a região”, destacou.
Próximos passos
Com o sucesso do simulado e a sinalização técnica positiva, espera-se que o IBAMA libere nos próximos dias a licença para a campanha exploratória da Petrobras na costa do Amapá. A perfuração do primeiro poço poderá confirmar ou não a presença de reservas comerciais de petróleo e gás — um marco potencialmente transformador para a região e para o setor de energia no Brasil.
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