Onde a arte encontra raízes: a Galeria ao Quadrado em Paraty

Paraty é feita de encontros. Entre o mar e a serra, entre as pedras coloniais e as vozes que ecoam nas ruas do centro histórico, a cidade guarda, em cada esquina, um convite à contemplação. E é nesse cenário que nasceu a Galeria ao Quadrado, um espaço que vai além de paredes brancas: é uma ponte entre o talento local e um público que busca autenticidade e propósito.

A história da galeria se confunde com as histórias que abriga. Como a do artista que, nos intervalos de um emprego formal, esculpia pequenos barquinhos de madeira. Eram criações íntimas, quase secretas, até que a curadoria da Ao Quadrado enxergou ali uma potência. Os barquinhos ganharam vitrine, conquistaram colecionadores e transformaram aquele ofício paralelo em vida profissional. É assim, com afeto e olhar atento, que a galeria transforma invisibilidade em reconhecimento.

“Acreditamos que a arte local tem potência para transformar vidas. Nosso papel é conectar talentos a oportunidades, construir pontes entre o fazer manual e o reconhecimento profissional”, explica Juliana Goulart, curadora da galeria.

Foto Divulgação

Uma estética com alma brasileira

A seleção de artistas e artesãos reflete o território: peças que transitam entre design, escultura, pintura, têxtil e objetos autorais, sempre impregnadas de brasilidade e raízes regionais. No espaço físico, a experiência é completa: luz natural, cheiro de madeira antiga, silêncio que convida à pausa. Estar ali é perceber que a arte não é só para os olhos: é também para ser tocada, sentida e conversada.

Ainda que entregue suas peças para todo o Brasil, é no coração de Paraty que a Galeria ao Quadrado revela sua força. Cada obra carrega o peso da identidade local, mas ganha asas ao se conectar a lares e coleções distantes.

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Um quarteirão que pulsa cultura

A galeria também faz parte do Quadrado Mágico de Paraty, projeto liderado pelo Sandi Hotel que reúne marcas independentes unidas pelo mesmo propósito: celebrar o melhor de Paraty com uma lógica de economia circular colaborativa. Ali, cada negócio tem sua autonomia criativa, mas compartilha uma mesma vocação: valorizar a cultura local em todas as suas formas.

O resultado é um quarteirão em que arte, gastronomia, hospitalidade e design se entrelaçam. E onde a experiência deixa de ser apenas contemplação: é participação. Afinal, em Paraty, a cultura não é vitrine. É território, história e possibilidade.

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