O etanol produzido no Brasil pode ganhar um novo e estratégico mercado: o setor de transporte marítimo da Noruega. Segundo o embaixador brasileiro em Oslo, Rodrigo Azeredo, há uma demanda crescente no país europeu por combustíveis sustentáveis capazes de reduzir emissões de gases de efeito estufa no setor naval, um dos maiores poluidores globais.
Demanda internacional por energia limpa
A Noruega é reconhecida mundialmente por sua liderança em políticas de descarbonização, tanto na indústria quanto no transporte. Além de investimentos em veículos elétricos e hidrogênio, o país busca soluções para tornar o transporte marítimo mais sustentável, já que a maior parte de suas exportações e importações depende de navios. Nesse contexto, o etanol brasileiro, derivado da cana-de-açúcar e considerado um dos biocombustíveis mais eficientes do mundo, surge como alternativa viável.
Vantagens competitivas do Brasil
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Além da escala de produção, o país possui uma matriz energética considerada uma das mais limpas do mundo, com destaque para a cana-de-açúcar como matéria-prima. O biocombustível brasileiro emite até 90% menos gases de efeito estufa em comparação com a gasolina, o que o torna altamente competitivo diante das exigências ambientais europeias.
Possibilidades de cooperação
Azeredo ressaltou que a aproximação entre Brasil e Noruega pode abrir portas para parcerias estratégicas em biocombustíveis e tecnologia verde. A iniciativa pode ainda impulsionar investimentos em logística, infraestrutura portuária e pesquisa para adaptação do etanol em grandes embarcações.
Impacto para o setor agroenergético
Caso a proposta avance, produtores e exportadores brasileiros terão uma nova frente de negócios, ampliando a relevância do etanol no comércio internacional. Além de consolidar o país como referência em energia limpa, a iniciativa pode gerar impactos positivos para o agronegócio e para a transição energética global.
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