A CSN Mineração (CMIN3) se destaca no mercado com indicadores que apontam uma ação tecnicamente barata e com potencial de valorização, especialmente em um cenário de juros altos previstos para 2025. A Selic, principal taxa de juros do país, deve encerrar o ano acima de 15%, impactando negativamente setores como fundos imobiliários e a Bolsa, mas abrindo oportunidades em empresas com forte geração de caixa e pagamento consistente de dividendos, como a CMIN3.
Selic elevada favorece aportes estratégicos
De acordo com projeções de mercado, a Selic pode ultrapassar os 15% até o final de 2025, mantendo o ambiente de investimentos desafiador. No entanto, espera-se uma redução gradual a partir de 2026, possivelmente atingindo 12,75% ao ano. Esse cenário cria uma janela de oportunidade para investidores realizarem aportes em ativos descontados, como as ações da CSN Mineração, travando um dividend yield (DY) elevado e com potencial de valorização futura.
Minério de ferro estabiliza e pode ensaiar recuperação
Atualmente, a cotação do minério de ferro está em torno de US$ 101 por tonelada. Apesar de ter registrado quedas significativas nos últimos anos, há sinais de possível estabilização e leve recuperação ao longo de 2025. Caso esse movimento se confirme, poderá impulsionar os resultados da CSN Mineração, que tem na venda desse insumo a sua principal fonte de receita.
CMIN3 acumula queda, mas entrega retorno atrativo
As ações da CSN Mineração são negociadas atualmente em torno de R$ 5,15, com uma desvalorização superior a 15% nos últimos 12 meses. No entanto, o valuation mostra uma simetria de risco interessante: o preço-lucro (P/L) está em patamar atrativo, e a companhia vem entregando dividendos robustos.
Nos últimos dois anos, a CMIN3 distribuiu dividendos que, somados, representam um retorno superior a 45%:
-
2023: Dividend yield de 9%
-
2024: Dividend yield de 15%
-
Em dois anos: Retorno acumulado superior a 17%
-
Em cinco anos: Potencial de retorno superior a 28%
Indicadores financeiros reforçam atratividade
Além do elevado dividend yield, a CSN Mineração apresenta outros indicadores positivos:
-
Margem bruta e líquida: Em níveis satisfatórios, demonstrando eficiência operacional.
-
ROIC e ROE: Indicadores de rentabilidade sobre o capital investido e patrimônio líquido mostram-se atrativos, superiores a muitas concorrentes do setor.
-
Crescimento da receita: O CAGR (taxa de crescimento anual composta) da receita em cinco anos é consistente.
Apesar de ter reportado prejuízo em alguns trimestres, o lucro líquido anual demonstra evolução:
-
2022: R$ 2,5 bilhões
-
2023: R$ 3,57 bilhões
-
2024: R$ 3,87 bilhões
Comparação com a Vale (VALE3)
Na comparação com a gigante Vale (VALE3), a CSN Mineração ainda perde em termos de escala, valor de mercado e margem líquida. Entretanto, o ROE da CMIN3 é mais atrativo, e a empresa apresenta potencial de crescimento superior, justamente por ser uma companhia de menor porte e com espaço para ganhar participação de mercado.
Em relação ao payback, enquanto na CSN Mineração o investidor levaria cerca de 7 anos e 3 meses para recuperar o capital investido com base nos lucros atuais, na Vale esse período é menor, graças ao maior volume e eficiência operacional.
Investimento na CMIN3: vale a pena?
Para quem busca renda passiva, a CSN Mineração é uma opção interessante, principalmente considerando o reinvestimento dos dividendos. Embora a rentabilidade nominal possa parecer inferior ao CDI no curto prazo, o reinvestimento dos proventos pode proporcionar retornos superiores no longo prazo.
Além disso, com a Selic projetada em patamares elevados, a cotação das ações pode permanecer pressionada, ampliando a oportunidade de comprar barato e travar rendimentos elevados.
O post CSN Mineração (CMIN3) promete retorno de até 30%: veja se vale investir agora apareceu primeiro em O Petróleo.