O fundo imobiliário GARE11 está prestes a concluir uma das maiores transações de sua história. A venda de 10 imóveis de renda urbana deve render entre R$ 465 milhões e R$ 485 milhões, trazendo forte impacto positivo para a estrutura financeira e para a distribuição de dividendos.
O anúncio veio no relatório gerencial de junho de 2025, divulgado nesta quinta-feira. A operação, conduzida pelo comprador XP7, encerrou a captação de recursos em 6 de agosto, garantindo o montante necessário para concluir a aquisição.
Venda robusta e lucro expressivo
A negociação trará mudanças significativas na saúde financeira do GARE11:
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Redução da alavancagem: cerca de R$ 355 milhões serão quitados em dívidas.
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Lucro bruto estimado: entre R$ 135 milhões e R$ 156 milhões.
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Ganho patrimonial adicional: entre R$ 60 milhões e R$ 80 milhões, pois os ativos serão vendidos acima do valor de avaliação.
Com isso, o valor patrimonial por cota tende a subir, fortalecendo a posição do fundo no mercado secundário.
Estratégia de desalavancagem e nova emissão de cotas
Diferente de operações anteriores — quando o fundo vendia ativos para reduzir a dívida, mas logo depois voltava a se alavancar —, desta vez a gestão pretende utilizar os recursos da nova emissão de cotas para adquirir novos imóveis sem contrair novas dívidas.
A 7ª emissão tem como meta captar R$ 400 milhões, podendo chegar a R$ 500 milhões em caso de grande demanda. Isso elevaria o valor patrimonial do fundo de R$ 1,33 bilhão para aproximadamente R$ 1,7 bilhão.
Impacto nos dividendos
Apesar da venda reduzir a receita de aluguéis, a gestão pretende manter o patamar atual de distribuição até o final do ano, usando parte do lucro obtido na transação.
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Dividendos atuais: entre R$ 0,083 e R$ 0,09 por cota.
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Portfólio 100% adimplente, com contratos de aluguel de prazo médio de 12 anos.
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Reajustes recentes em imóveis de redes como Grupo Mateus e Pão de Açúcar reforçam a receita no curto prazo.
Composição atual do portfólio
Até a conclusão da venda, o GARE11 mantém 39 imóveis distribuídos em 14 estados, com forte presença em ativos de varejo e logística. O contrato mais relevante responde por 21,5% da receita mensal e terá reajuste em setembro, aumentando ainda mais o fluxo de caixa.
Indicadores financeiros – Junho/2025
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Receita total: R$ 14,46 milhões
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Despesas: R$ 2,17 milhões
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Resultado líquido: R$ 12,28 milhões
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Distribuição aos cotistas: R$ 12,23 milhões
Cotação e oportunidades
Na última quinta-feira, as cotas fecharam a R$ 9,80, uma alta em relação aos R$ 8,90 da semana anterior.
O preço de emissão na 7ª subscrição é R$ 9,10, tornando a participação na oferta mais atrativa que a compra no mercado secundário.
Quem optar por subscrever deve considerar que as novas cotas levam cerca de um mês para serem creditadas, momento em que o investidor passa a ter direito aos dividendos.
Perspectivas para o GARE11
Com a finalização da venda e a estratégia de desalavancagem, o GARE11 tende a se posicionar como um fundo mais sólido, atrativo para investidores que buscam renda previsível e gestão conservadora. A expectativa do mercado é que a valorização patrimonial e o potencial de distribuição mantenham o fundo em destaque nos próximos meses.
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