Durante participação em um evento público, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro tem interesse em intensificar os laços com os Estados Unidos, independentemente do resultado eleitoral no país norte-americano. A declaração foi dada em meio ao debate sobre o possível retorno de Donald Trump à presidência dos EUA.
Segundo Haddad, o Brasil tem relações consolidadas com diversos blocos econômicos incluindo o Sudeste Asiático, a União Europeia e o Mercosul, e o foco agora é explorar ainda mais as “complementariedades importantes” entre as economias brasileira e americana. O ministro reforçou que essa aproximação será perseguida seja com Biden, como já foi feito, seja com Trump, caso o republicano volte ao poder.
“Temos interesse em nos aproximar mais dos Estados Unidos. Fizemos isso na administração Biden, faremos isso na administração Trump”, declarou o ministro, sinalizando que a diplomacia econômica do Brasil continuará atuante e estratégica mesmo diante de eventuais mudanças geopolíticas.
Haddad ainda ressaltou que o Brasil é um defensor do multilateralismo e que o governo está empenhado em consolidar parcerias internacionais de maneira pragmática e com foco no crescimento econômico mútuo. O recente avanço no acordo com a União Europeia também foi citado como exemplo desse esforço diplomático.
A fala de Haddad ocorre em um momento de incertezas sobre o futuro da política comercial internacional, especialmente diante da possibilidade de Trump retomar a presidência dos EUA com uma abordagem mais protecionista. Ainda assim, o Brasil demonstra disposição para manter canais abertos e produtivos com Washington, buscando ampliar investimentos, comércio e cooperação tecnológica.
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