A Travestis faz cirurgia de mudança de sexo e celebra: “Pererecudona”

A cantora Tertuliana Lustosa, mais conhecida como A Travestis e dona de hits como ‘Murro na Costela do Viado’ e ‘Tieta’, compartilhou uma grande conquista com os seguidores: a cirurgia de redesignação sexual, também conhecida como cirurgia de mudança de sexo.

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A artista publicou um vídeo em seu perfil oficial no Instagram, nessa quinta-feira, no qual ela já aparece no hospital para fazer o procedimento. “Já estou pronta. Chegou o grande dia, é hoje, daqui a pouco. Dr Márcio Dr. Marcio Littleton agora é com voce. Daqui a pouco volto de bubu”, escreveu Tertuliana na legenda da publicação.Na gravação, ela avisa:

Indo tirar o pinto e colocar perereca.

A Travestis – cantora

Ela também publicou uma foto no Story e comemorou: “Pererecudona”.Os seguidores da artista celebraram a conquista da loira. “Deus abençoe você, te amo”, disse um internauta. “Que os encantados lhe acompanhem”, escreveu outro. “Que Deus te proteja, pois essa cirugia é um processo muito delicado, já deu tudo certo”, comentou mais um. Outro disse: “Mais uma ‘xerecuda’ para o bonde”.Assista ao vídeo:

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Tertuliana | A Travestis (@tertulianareserva)O que é cirurgia de redesignação sexual?A cirurgia de redesignação sexual, ou cirurgia de mudança de sexo, consiste em remodelar os órgãos sexuais de pessoas transgênero. Para homens trans, esse procedimento acontece com a reconstrução do pênis no lugar da vagina. No caso das mulheres trans, é feita a amputação do pênis e construção da vagina.O Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu, em 2008, o procedimento entre seus serviços realizados, de forma completamente gratuita, e garante a realização pelo Processo Transexualizador do SUS, previsto pelo Artigo 2 da Portaria nº 2.803 do Ministério da Saúde.Como é feita a cirurgia de redesignação sexual?Existem dois procedimentos principais para a realização da redesignação sexual. A vaginoplastia, realizada em mulheres trans, consiste na retirada interna do pênis. Nesses casos, se coloca a pele que recobre o pênis para dentro e se cria um espaço entre a bexiga e o reto, segundo Mário Farinazzo, cirurgião plástico que atua no Ambulatório Multidisciplinar com serviços voltados para pessoas trans na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que explicou como funciona o procedimento em entrevista ao iG Queer.Segundo o profissional, “se faz a retirada do saco escrotal e dos testículos e cria-se um molde, que deve ficar com a paciente por um bom tempo até que aconteça a cicatrização”. Dessa maneira, não acontece o estreitamento do novo canal vaginal. Depois da cicatrização, espera-se que a vagina fique com uma mucosa e umedecida.No caso dos homens trans, é realizada a faloplastia. Farinazzo explicou que trata-se de uma cirurgia muito mais complexa e que consiste em muitos retalhos locais. “Usa-se uma pele, geralmente da coxa, e com ela faz-se um tubo. Depois, precisamos criar uma uretra por onde vai sair a urina”, detalhouO médico explicou que, por se tratar de um procedimento muito complexo, é menos desejado pelos homens trans. Existem dois pontos que são determinantes para essa decisão: a cicatriz, que fica grande (da parte interna coxa até a região do joelho); e o fato de o pênis não ser funcional.Uma alternativa que tem sido muito mais buscada pelos homens trans é a metoidioplastia, um efeito recorrente do tratamento hormonal com testosterona que faz com que o clitóris cresça até 5 cm e também que a uretra se alongue, assemelhando-se ao pênis. No primeiro momento, o neofalo (como é chamado o pênis construído na redesignação sexual) fica preso à coxa e, posteriormente, é necessária outra cirurgia para fazer os refinamentos necessários.

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