Caixa Seguridade surpreende com lucro recorde e dividendos bilionários, mas é rebaixada por bancos internacionais

A Caixa Seguridade (CXSE3) apresentou o melhor resultado da sua história no 1º trimestre de 2025, com lucro líquido gerencial de R$ 1,09 bilhão e ROAE de 58,6%, além do anúncio de R$ 930 milhões em dividendos. Mesmo assim, a empresa foi rebaixada por gigantes internacionais como JP Morgan e Citibank, que alegam que o forte rali de valorização no ano — mais de 20% até maio — limita o potencial de alta para os próximos meses.

Rebaixamento técnico: o que dizem JP Morgan e Citibank

O JP Morgan alterou a recomendação das ações CXSE3 de “compra” para “neutra”, mantendo o preço-alvo em R$ 18, alegando que o cenário de juros menos elevados impacta negativamente o setor de seguros, que se beneficia de taxas altas. Além disso, destacou a fraqueza no ramo prestamista e perda de participação de mercado como fatores de atenção.

O Citibank também rebaixou sua recomendação, reforçando que a valorização recente incorporou grande parte dos fundamentos positivos.

Modelo de negócios forte e dividendos consistentes

Apesar das revisões negativas, a Caixa Seguridade segue firme com um modelo de negócios ancorado na capilaridade da Caixa Econômica Federal, responsável por distribuir seus produtos de seguro, previdência, consórcios e capitalização. Os dividendos anunciados de R$ 0,31 por ação, com pagamento agendado para 15 de agosto, representam um dividend yield de 2% no trimestre, com payout de 92,14% sobre o lucro do período.

Indicadores financeiros – 1T25

  • Lucro líquido gerencial: R$ 1,09 bilhão

  • Receita operacional: R$ 1,38 bilhão

  • ROAE: 58,6% (ajustado para 65,2% considerando dividendos)

  • Dividend yield (12 meses): 7,57%

  • P/L (Preço/Lucro): 11,7x

  • P/VP: 2,3x

Desempenho dos ramos: prestamista recua, residencial avança

O segmento prestamista, um dos mais relevantes para a companhia, sofreu queda de 33% na comparação anual, impactado pela retração do crédito consignado. Em contrapartida, o ramo residencial cresceu 26% no mesmo período. Já o habitacional continua sendo o mais lucrativo, com receita de R$ 922 milhões, alta de 12% em relação ao 1T24.

Destaques por segmento:

  • Residencial: +26% (anual)

  • Habitacional: +12% (anual)

  • Capitalização: +8,7% (anual)

  • Previdência: +8,5% (anual)

  • Consórcios: +37,8% (anual), mas -17,5% (trimestral)

Análise técnica e projeções de preço

Segundo análise gráfica, a ação se apoia em suporte nos R$ 14,91 e pode buscar resistência em R$ 16,28, caso rompa os R$ 15,54. O cenário técnico aponta tendência de alta no médio prazo.

No modelo do canal Ativo Virtual, as projeções indicam:

  • Lucro estimado para 2025: R$ 4,21 bilhões

  • Payout esperado: 90%

  • DPA projetado: R$ 1,26

Com base nesses dados, os preços teto sugeridos variam conforme o dividend yield desejado:

Dividend Yield Preço Teto
4% R$ 31,60
6% R$ 21,70
8% R$ 15,80
10% R$ 12,64

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