
Os criminosos estão inovando nos golpes. Veja como atualizar sua defesa digital O tempo em que os golpes pareciam óbvios ficou para trás. Se antes o perigo vinha em e-mail mal escritos com promessas de fortuna, hoje ele chega pelo WhatsApp, por links aparentemente legítimos, por QR Codes adulterados ou até por aplicativos clonados, que imitam com perfeição os originais. O crime evoluiu, e se você não evoluir junto, pode se tornar a próxima vítima.
Segundo levantamento feito pela empresa de segurança cibernética ESET, o Brasil foi o 4º país na América Latina com o maior número de ameaças digitais detectadas só no primeiro semestre de 2024. Foram 201 mil ameaças que somam aos 2,6 milhões de amostras de ataques cibernéticos nos primeiros meses do ano.
A modernização dos crimes digitais exige atenção redobrada no dia a dia.
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Grande parte desses ataques se baseia na chamada engenharia social, ou seja, quando um criminoso manipula sua vítima para que ela mesma entregue seus dados ou faça um pagamento indevido.
Como os golpes se sofisticaram
Golpe do delivery
Muito comum durante a pandemia, esse golpe ainda faz vítimas. O criminoso se passa por entregador e diz que há uma “taxa extra” para pagar. A vítima insere o cartão na maquininha e é cobrada valores muito maiores.
Seu prejuízo pode variar bastante, dependendo do valor da compra, da quantidade de pagamentos fraudulentos e do modo de operação do golpista. Em alguns casos, é comum que a vítima tenha prejuízos flutuantes, de poucos reais até valores muito maiores, na casa dos milhares.
App clonado
O golpe agora está nos próprios aplicativos. Criminosos conseguem clonar apps de bancos, serviços de transporte, streaming e até lojas online. Ao instalar os apps falsos, o usuário entrega senhas e dados bancários sem perceber.
De acordo com a Kaspersky (Relatório de Ameaças Móveis), o Brasil ocupa o 5º lugar na posição global de nações mais visadas por ataques cibernéticos. São mais de 1,2 milhões de ameaças detectadas, apresentando o maior índice de malware em dispositivos móveis da América Latina.
Golpe da central falsa e do Pix
Um clássico que ganhou uma nova roupagem. A vítima é induzida a ligar para uma “central” que, na verdade, é operada pelos próprios criminosos. Ou então recebe uma mensagem com um link para “verificar uma atividade suspeita”, e acaba autorizando uma transferência via Pix.
E o problema com a ferramenta deve continuar: de acordo com estudo da ACI Worldwide, companhia de desenvolvimento de serviços de pagamentos, os golpes no Pix podem superar R$ 12 bilhões em perdas até 2028.
Informação é escudo
Com golpes cada vez mais convincentes, o que protege você não é apenas um antivírus, é a atualização constante. Saber identificar sinais de fraude, não confiar em links enviados por desconhecidos, revisar sempre o nome do beneficiário antes de confirmar um Pix e usar autenticação em dois fatores são práticas que podem parecer simples, mas fazem toda a diferença.
Proteger seus dados e seu dinheiro nunca foi tão importante.
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Golpes digitais não escolhem idade, renda ou escolaridade. Todos estamos vulneráveis. Por isso, manter-se informado é uma forma essencial de autoproteção. Com o celular na mão e a vida conectada, a vigilância precisa ser diária. Questione, verifique e, se parecer fácil demais, desconfie.