CSN Mineração (CMIN3) em queda: minério de ferro e China pressionam cotação da ação

As ações da CSN Mineração (CMIN3) seguem em forte tendência de queda, refletindo um cenário externo desfavorável, marcado pela desvalorização do minério de ferro, retração da economia chinesa e tensões comerciais com os Estados Unidos. Atualmente, os papéis são negociados na faixa de R$ 4,90, com possibilidade de recuar ainda mais nos próximos dias, atingindo zonas de suporte entre R$ 4,60 e R$ 4,20.

Queda do minério de ferro deve continuar com reabertura da bolsa chinesa

O mercado do minério de ferro aguarda a reabertura da bolsa chinesa após o feriado do Festival do Barco do Dragão. A expectativa é de queda na cotação, que estava em torno de US$ 96 por tonelada, impulsionada por dois fatores principais:

  • Cortes na produção de aço chinês, motivados pela menor demanda e pela imposição de tarifas de importação pelos Estados Unidos (de 25% para 50%);

  • Desaceleração da economia da China, com impacto direto na demanda por aço e, consequentemente, por minério de ferro.

Esses fatores afetam não só a CSN Mineração, mas também gigantes como a Vale (VALE3).

Fundamentos e riscos: dividendos elevados, mas negócio cíclico

Apesar do dividend yield elevado — atualmente em cerca de 16%, turbinado pela queda no preço da ação —, é essencial destacar o caráter cíclico do setor. A CSN Mineração depende fortemente da demanda global por aço, especialmente da Ásia, que representa 82% de sua receita.

Outros dados relevantes:

  • Valor de mercado: R$ 22 bilhões

  • Dívida líquida: negativa, o que indica boa posição de caixa

  • Receita trimestral: cerca de R$ 4 bilhões

  • Índices financeiros: P/L de 7 e P/VP de 2

Mesmo com boa estrutura financeira e operações robustas, a empresa sofre com o ambiente externo.

Morgan Stanley vende ações e rebaixa recomendação

Outro fator de peso na desvalorização recente foi a venda de ações da CSN Mineração pelo Morgan Stanley, que também rebaixou a recomendação do papel. A saída de um player relevante gera efeito cascata, com outros investidores institucionais seguindo o movimento de desinvestimento.

O que esperar das próximas semanas?

Com a reabertura da bolsa chinesa e a confirmação dos cortes na produção de aço, a tendência é de continuidade da pressão negativa. Investidores interessados devem observar com atenção os pontos de suporte técnico (R$ 4,60, R$ 4,40 e R$ 4,20), e considerar os riscos do ciclo de baixa das commodities.

Enquanto o cenário externo não melhora, CMIN3 pode continuar em tendência de queda, apesar dos fundamentos sólidos no curto prazo.

O post CSN Mineração (CMIN3) em queda: minério de ferro e China pressionam cotação da ação apareceu primeiro em O Petróleo.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.