Paquetá espera definição após julgamento por má conduta em apostas

O julgamento do meia Lucas Paquetá por má conduta em relação a apostas esportivas foi concluído nesta semana, mas a decisão final só deve ser conhecida entre um e dois meses, segundo o jornal inglês The Guardian. A demora irritou o West Ham, que esperava maior agilidade por parte da Justiça inglesa para planejar seus próximos passos na temporada.Denunciado pela FA (Football Association) em maio de 2024, Paquetá responde por quatro violações da Regra E5.1, por supostamente buscar receber cartões amarelos de forma intencional em partidas da Premier League para beneficiar apostadores. Os jogos investigados aconteceram entre novembro de 2022 e agosto de 2023, contra Leicester, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth.”Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar. Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar meu nome”, declarou Paquetá quando a denúncia foi tornada pública.A regra E5.1 da FA proíbe que qualquer jogador tente influenciar direta ou indiretamente o andamento ou o resultado de uma partida com fins indevidos. Em caso de condenação, a punição pode variar de suspensão por meses até banimento vitalício, além de multa. A federação também avalia se o atleta colaborou com a investigação, o que pode amenizar a sentença.Além disso, o brasileiro é acusado de duas violações da Regra F3, por possível má conduta ao prestar esclarecimentos e apresentar documentos às autoridades envolvidas no caso.Apesar do risco de punição severa, especialistas apontam que, caso o jogador recorra da decisão, ele poderá seguir atuando até a conclusão de todos os recursos, o que pode se estender até a Copa do Mundo de 2026.Relembre o casoPaquetá prometeu levar um cartão amarelo durante uma partida contra o Aston Villa, válida pelo Campeonato Inglês, em 12 de março de 2023. De acordo com o empresário Bruno Lopez de Moura, em sua delação na CPI das Apostas, instalada no Senado, a situação tinha como objetivo presentear seu irmão, Matheus Tolentino, que fazia aniversário naquele dia.De acordo com Bruno, ele soube da manipulação de resultados com antecedência e fez apostas combinadas envolvendo Paquetá e o ex-atacante Luiz Henrique, que à época jogava pelo Bétis, da Espanha, e hoje está no Zenit, da Rússia.Segundo a delação, Marlon recebeu R$ 97 mil em cinco transações distintas de Bruno Tolentino, tio de Lucas Paquetá, e tinha como missão envolver jogadores no esquema. O relatório da investigação sugere que Marlon seria amigo de Matheus, irmão do jogador do West Ham.A Associação de Futebol da Inglaterra (FA) investiga Paquetá por suposta má conduta em quatro partidas do West Ham, realizadas entre 2022 e 2023, nas quais o meio-campista teria forçado cartões amarelos para favorecer apostadores.As acusações foram negadas pelo atleta, que chegou a ser convocado para depor na CPI, mas solicitou o adiamento de seu depoimento e não prestou esclarecimentos.
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