Ter uma reserva de emergência é um dos pilares mais importantes da saúde financeira, seja para quem está começando a investir ou mesmo para quem ainda nem começou. Mas surge a dúvida: onde investir esse dinheiro para que esteja seguro, disponível e com rendimento razoável?
Neste artigo, você vai entender o conceito de reserva de emergência, aprender a calcular o valor ideal e descobrir as três principais opções de investimento, com seus prós e contras: Tesouro Selic, CDB de liquidez diária e fundo DI taxa zero.
O que é reserva de emergência e por que ela é essencial?
A reserva de emergência é um valor guardado para lidar com imprevistos, como perda de emprego, doença, despesas médicas ou qualquer outro evento inesperado. Ter essa reserva evita a necessidade de recorrer a empréstimos caros ou se desfazer de investimentos em momentos ruins.
Quanto guardar?
A recomendação varia conforme sua estabilidade de renda:
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Servidor público: 3 meses da renda
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CLT: 6 meses
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Autônomos ou empreendedores: até 12 meses
O triângulo impossível dos investimentos
Ao montar a reserva, o investidor precisa priorizar duas das três características:
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Segurança
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Liquidez
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Rentabilidade
Para a reserva, segurança e liquidez são prioridade — rentabilidade é secundária.
As 3 melhores opções para sua reserva de emergência
1. Tesouro Selic
O Tesouro Selic é o título mais seguro do país, pois você está emprestando dinheiro ao governo federal. Ele acompanha a taxa Selic, hoje em 10,75% ao ano.
Pontos positivos:
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Alta segurança
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Baixo risco de crédito
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Rendimento estável
Pontos negativos:
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Liquidez limitada: se pedir resgate após 13h, o dinheiro só cai no dia útil seguinte
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Custo de 0,2% ao ano sobre investimentos acima de R$ 1.000
2. CDB de liquidez diária
O CDB é emitido por bancos e pode render, por exemplo, 100% do CDI, que atualmente gira em torno de 10,65%.
Pontos positivos:
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Liquidez imediata (inclusive nos fins de semana)
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Rendimento superior ao Tesouro Selic após custos
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Garantia do FGC até R$ 250 mil
Pontos negativos:
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Maior risco de crédito
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Exige cuidado na escolha do banco emissor (preferencialmente listados em bolsa)
3. Fundo DI Taxa Zero
São fundos que investem majoritariamente em títulos públicos pós-fixados, como o Tesouro Selic.
Pontos positivos:
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Segurança similar ao Tesouro Selic
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Sem taxa de administração
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Facilidade de acesso via corretoras
Pontos negativos:
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Liquidez semelhante ao Tesouro Selic (depende do horário)
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Come-cotas: imposto antecipado a cada 6 meses que reduz a rentabilidade
Qual opção rende mais? Simulação na prática
Foi feita uma simulação com R$ 60 mil investidos por três anos:
Investimento | Rentabilidade líquida (a.a) | Imposto total | Liquidez |
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Tesouro Selic | 7,30% | R$ 4.366 | D+1 |
CDB 100% CDI | 7,35% | R$ 4.349 | D+0 |
Fundo DI | 7,17% | R$ 4.381 | D+1 |
Conclusão: o CDB apresentou a melhor rentabilidade líquida, seguido de perto pelo Tesouro Selic. O fundo DI ficou em último por conta do efeito do come-cotas.
Complemento: demora para montar a reserva exige estratégia
Se você pretende investir apenas 10% do que ganha por mês, pode levar até 5 anos para completar sua reserva. Por isso, é importante proteger-se nesse período.
Seguro de vida como complemento
Enquanto sua reserva não está completa, um seguro de vida pode cobrir riscos maiores — como doença grave ou falecimento — protegendo sua família e seu patrimônio.
O post Reserva de emergência: veja onde investir com segurança, liquidez e rendimento apareceu primeiro em O Petróleo.