Fundo KISU11 mantém rendimento de 1% ao mês, mas perde cotistas e não consegue entregar ganhos de capital

O fundo imobiliário KISU11, que replica a carteira do índice Suno 30, segue pagando dividendos mensais de R$ 0,07 por cota, o que representa um rendimento aproximado de 1% ao mês com base na cotação atual, em torno de R$ 7,00. No entanto, apesar da consistência na distribuição de proventos, o fundo enfrenta queda na base de cotistas, ausência de ganhos de capital e dificuldades para acompanhar a recuperação do IFIX.

Dividendos consistentes, mas sem valorização da cota

Desde o início de 2024, o KISU11 tem mantido distribuições mensais estáveis entre R$ 0,06 e R$ 0,07, o que garante um dividend yield anualizado entre 10,2% e 12%. Mesmo com esse patamar de retorno, a cota segue lateralizada, e não houve valorização expressiva do fundo nos últimos meses.

Atualmente, o KISU11 negocia com cerca de 15% de desconto em relação ao seu valor patrimonial líquido (VPL), mas isso não tem sido suficiente para atrair novos investidores, nem gerar ganho de capital relevante para os cotistas.

Base de cotistas encolhe quase 20 mil em menos de um ano

Em seu pico, o fundo contava com 112 mil investidores, mas esse número caiu para aproximadamente 93 mil em junho de 2025. Trata-se de uma redução de cerca de 17% da base de cotistas, o equivalente a quase 20 mil pessoas que deixaram o fundo, demonstrando perda de confiança dos investidores.

Essa saída acontece em meio a críticas à gestão, que não tem conseguido gerar valor adicional ao portfólio, além dos rendimentos mensais. A falta de clareza sobre o chamado “desconto duplo” — argumento recorrente na defesa de FOFs — também contribui para o desconforto do mercado, já que o fundo não divulga abertamente o percentual de desconto consolidado dos ativos em carteira.

Falta de ganhos de capital mesmo com IFIX em alta

Nos últimos três meses, o índice IFIX apresentou valorização acumulada de 3,5%, refletindo uma recuperação dos fundos imobiliários após forte desconto no fim de 2024. Apesar disso, o KISU11 não conseguiu capturar essa alta, permanecendo com rentabilidade praticamente nula no período.

Além disso, o fundo opera atualmente com apenas 3% de seu patrimônio em caixa, o que limita sua flexibilidade para aproveitar oportunidades no mercado secundário e ampliar os rendimentos.

Estratégia de réplica do Suno 30 não garante performance

A principal proposta do KISU11 é espelhar a carteira do índice Suno 30, buscando uma performance similar. Contudo, nos momentos em que se afastou da composição do índice — como nas aquisições de ativos como DPF e TGRE — o fundo apresentou desempenho abaixo do esperado. A tentativa de gestão ativa pontual acabou prejudicando a rentabilidade, sem trazer retornos consistentes.

Na comparação com o próprio Suno 30 e o IFIX, a chamada “boca do jacaré” entre os índices e o fundo começa a se fechar, com os benchmarks se aproximando do KISU11. Mesmo assim, o fundo segue atrás dos principais índices de referência no acumulado de 12 meses.

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