Na manhã desta quarta-feira (12), um grave acidente aéreo na Índia com um Boeing 787-8 Dreamliner provocou forte repercussão no mercado financeiro internacional. A aeronave, que transportava mais de 240 pessoas com destino a Londres, caiu segundos após a decolagem em uma área residencial próxima ao aeroporto de Ahmedabad, no oeste indiano. Até o momento, não há informações oficiais sobre o número de vítimas.
Como reflexo imediato do desastre, as ações da Boeing caíram mais de 8% no pré-mercado americano. O impacto é significativo, especialmente diante do histórico recente da fabricante, que vem enfrentando desafios de confiança e segurança após incidentes anteriores com outros modelos da frota.
Enquanto isso, no Brasil, o governo federal publicou uma medida provisória que altera regras sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), numa tentativa de recalibrar o decreto anterior que havia elevado as alíquotas. Dentre as principais alterações está a redução da taxa de 0,95% para 0,38% em operações de crédito realizadas por empresas.
Também foi anunciada uma redução de 80% na tributação de operações do tipo risco sacado, além da autorização para retorno de investimentos estrangeiros diretos ao país. Em contrapartida, o governo propôs o aumento da carga tributária em outras frentes para compensar essas perdas de arrecadação.
A medida mais polêmica envolve o setor de apostas esportivas. A tributação sobre a receita bruta das casas de aposta passará de 12% para 18%. Outro ponto que causou repercussão foi o fim da isenção de Imposto de Renda para Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs), que agora serão tributadas com alíquota de 5%.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, criticou duramente o governo federal e cobrou responsabilidade fiscal. “Não existe política de ajuste sem o Executivo fazer sua parte. O governo precisa cortar gastos e apresentar propostas viáveis ao Congresso”, afirmou Motta em entrevista.
A pressão do Legislativo acontece em meio à resistência do setor produtivo e de investidores frente às novas propostas tributárias, que foram recebidas com cautela e, em muitos casos, com reprovação. O governo, por sua vez, tenta equilibrar as contas públicas sem comprometer ainda mais a credibilidade econômica do país.
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