GARE11 atinge maior cotação do ano e reforça confiança com contratos reajustados acima do IPCA

O fundo imobiliário GARE11 (Genial Rendimentos Imobiliários FII) encerrou abril com a melhor performance de 2025, atingindo o valor máximo do ano: R$ 8,95 por cota. O resultado reflete o impacto positivo dos contratos atípicos reajustados acima da inflação, forte geração de caixa e fundamentos sólidos, mesmo em um ambiente de Selic a 14,75%.

Rentabilidade consistente e valorização da cota

  • Dividend yield (últimos 12 meses): 11,94%

  • Rentabilidade mensal (abril): 0,94%

  • Valorização da cota no mês: 11,13%

  • Preço atual (junho): R$ 8,74

  • P/VP: 0,96 (desconto de 4%)

  • Valor patrimonial por cota: R$ 9,10

  • Rendimento distribuído em abril: R$ 0,083 por cota

  • Projeção de yield anualizado: entre 11% e 13%

Mesmo com a cota em ascensão, o fundo ainda é negociado com desconto em relação ao seu valor justo, estimado em R$ 9,50, mantendo-se atrativo para novos aportes.

Portfólio diversificado, com zero vacância e contratos atípicos

O GARE11 apresenta uma estrutura robusta:

  • 39 imóveis em carteira

  • Área Bruta Locável (ABL): 512.394 m²

  • Vacância física e financeira: 0%

  • Número de cotistas: +354 mil

  • Prazo médio dos contratos: 12,5 anos

  • Contratos 100% atípicos com multas integrais

A carteira combina 74% em ativos de renda urbana e 26% em logística, espalhados por 14 estados, com maior concentração em São Paulo (29%), Rio Grande do Sul (22%) e Bahia (10%).

Risco de concentração em inquilinos

Apesar da diversificação geográfica, a concentração de receita por inquilino é um ponto de atenção:

  • Carrefour: 35%

  • Bate: 22%

  • Grupo Mateus: 21%

  • Pão de Açúcar: 18%

  • Air Liquide: 2%

  • Almanara: 2%

Esse perfil, embora composto por grandes grupos de varejo e distribuição, reduz a pulverização de receita e amplia o risco locatício em caso de rescisões.

Reajustes acima do IPCA reforçam proteção contra inflação

Dois ativos locados para a Air Liquide, localizados em Canoas (RS) e São José dos Campos (SP), tiveram os contratos reajustados em abril. Os reajustes ultrapassaram 5,06%, acompanhando o IPCA acumulado nos 12 meses anteriores. Esses dois imóveis representam 1,9% da receita total do fundo, sendo:

  • São José dos Campos: 1,3% da receita

  • Canoas: 0,6% da receita

Receita operacional e alavancagem controlada

  • Receita total (abril): R$ 14,2 milhões

  • Despesas operacionais: R$ 2 milhões

  • Resultado líquido: R$ 12,2 milhões

  • Distribuição aos cotistas: R$ 12,1 milhões

O GARE11 distribuiu praticamente 100% do lucro líquido, mantendo sua política de repasse eficiente aos cotistas. Em relação à estrutura de capital:

  • Alavancagem: 26%

  • Caixa disponível: R$ 521 milhões

  • Capacidade de cobrir obrigações por: 9 anos

Embora a alavancagem esteja acima da média do setor, o elevado caixa e a previsibilidade dos contratos atípicos oferecem segurança adicional ao investidor.

Cenário macro e impacto no IFIX

O IFIX acumulou alta de 9,5% no ano, beneficiando-se do fluxo para ativos de renda passiva em meio à perspectiva de estabilização da Selic. O Ibovespa avançou 3,7% em abril, enquanto o dólar recuou 0,5%, cotado a R$ 5,67. Essa conjuntura favoreceu os fundos imobiliários — e especialmente o GARE11, com fundamentos resilientes.

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