Bahia na tela: Luís Miranda explica retorno às novelas em Êta Mundo Melhor!

Dez anos depois de sua última novela, o ator baiano Luís Miranda retorna à televisão em grande estilo com um papel que promete cativar o público. A partir desta segunda-feira, 30, ele estará no ar como o professor Asdrúbal em Êta Mundo Melhor!, nova produção das seis da Globo.A trama, ambientada na década de 1950, apresentará o mesmo clima de leveza e de interior que encantou o país em Êta Mundo Bom! (2016), primeira fase da história.“Este folhetim é quase um resgate do Brasil, do nosso interior. A novela fala um pouco do nosso interior, não só geograficamente, mas do interior do nosso coração”, afirmou o artista, em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE.Escrita por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson, com direção artística de Amora Mautner, a novela traz Miranda no papel de um professor divertido. Ele é o melhor amigo do protagonista Candinho (Sergio Guizé).Inspirado no icônico professor Pancrácio (Marco Nanini), Asdrúbal se vale de disfarces inusitados para ajudar o companheiro a reencontrar o filho desaparecido. Entre uma travessura e outra, o personagem espalha humor, carinho e sabedoria por onde passa.

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“O professor Asdrúbal é um cara prazeroso. Ele tem uma generosidade natural. Tem prazer em ajudar, orientar, se transformar pra solucionar um problema. Isso me aproxima muito dele”, comentou o ator, que define o personagem como muito mais que um alívio cômico. Para ele, o personagem é um verdadeiro “comunicador do bem”. “Quando escolhi ser artista, também foi com esse propósito: levar coisas boas e interessantes pras pessoas em casa.”Reencontro com o gêneroConhecido pelo carisma e talento versátil, Luís Miranda não fazia uma novela desde Geração Brasil (2014). Voltar ao horário das seis com um personagem cheio de possibilidades foi um presente que o motivou profundamente. “A minha possibilidade é sempre estar me desafiando, saindo da zona de conforto”, afirmou.Na nova fase da história, Candinho, que agora é um homem rico, após herdar a mansão de sua mãe, Anastácia (Eliane Giardini), precisa enfrentar a dor de ter perdido a esposa Filomena (Débora Nascimento) em um incêndio e parte em busca do filho Junior/Samir (Davi Malizia), levado para um orfanato dirigido pela cruel Zulma (Heloisa Périssé).Ao seu lado estão Asdrúbal e a nova paixão Dita (Jeniffer Nascimento), jovem sonhadora que chega à cidade grande atrás de uma vida melhor.

Asdrúbal ( Luis Miranda ) e Margarida ( Nivea Maria ) em cena

|  Foto: Divulgação | Globo

Além disso, Candinho ainda precisa se proteger da cobiça dos primos Sandra (Flávia Alessandra) e Celso (Rainer Cadete), que desejam se apoderar de sua fortuna.“É uma novela leve, gostosa, com todos aqueles ingredientes que a gente ama: vilão, romance, aventura, diversão, muito humor, animal, criançada…”, disse Miranda, empolgado.

Acho que ela vem em boa hora, pra levar leveza a um mundo que está vivendo guerras, instabilidades sociais, políticas e culturais.

Miranda

A nova novela da Globo promete chamar a atenção com a volta personagens queridos do público. Luís Miranda faz parte dos novos rostos convidados para compor a história que mistura comédia e valores familiares.O baiano é apenas um dos humoristas que reforçam a continuação da saga do caipira, que ainda tem Heloisa Périssé e Evelyn Castro como uma dupla de vilãs cômicas. Asdrúbal também causará pelo seu envolvimento com três personagens ao mesmo tempo: Margarida (Nívea Maria), Medéia (Betty Gofman) e Tamires (Monique Alfradique).Uma Bahia que se vê na telaMais do que um retorno à teledramaturgia, a presença de Luís Miranda em Êta Mundo Melhor! também carrega forte valor simbólico. Nascido em Santo Antônio de Jesus, o ator é um dos nomes mais lembrados e queridos do estado, e reconhece a importância de estar nesse lugar de visibilidade. “Isso já não é mais uma batuta minha, do Lázaro [Ramos] ou do Wagner [Moura]. Já se espalhou. A gente tem a Edvana Carvalho, a Valdinéia Soriano, o Érico [Brás]… É uma conquista de todos nós.”Para ele, a presença de mais artistas baianos na televisão representa uma mudança necessária e urgente na teledramaturgia nacional. “Queremos uma TV com mais sotaques, com mais caras, com mais Brasil. Eu me sinto feliz não só por mim, mas por todos os baianos que hoje se veem na tela”, pontuou.Em tom de desejo e, também, de cobrança, Miranda defendeu que uma futura novela ambientada na Bahia deve, de fato, incluir artistas baianos em papéis de destaque — uma referência à polêmica em torno da escalação de Segundo Sol (2018), gravada em Salvador, mas criticada pela ausência de atores negros em seu núcleo principal.“Que a próxima novela baiana que vier, a gente veja cada vez mais baianos nos papéis representativos. Porque é isso que a gente quer: se ver onde está”, concluiu.

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