Médica condenada por integrar ‘Bando da Degola’ é presa em BH

A Polícia Militar prendeu, na noite dessa segunda-feira (30), a médica Gabriela Corrêa Ferreira da Costa, de 41 anos. Ela foi condenada a 40 anos de prisão pela morte de dois empresários de Belo Horizonte, em 2010. Segundo a investigação, ela atuou com o chamado “Bando da Degola”.

A prisão foi efetuada após uma denúncia anônima, que levou os policiais a um condomínio no bairro Camargos, na Região Oeste da capital mineira. No local, foi constatado que a médica, condenada por um crime bárbaro, vivia uma vida normal e continuava exercendo a medicina. Havia um mandado de prisão em aberto contra ela há dois anos.

Gabriela foi condenada em 2015 a 40 anos de reclusão, mas recorreu do processo em liberdade. Em 2021, seu último recurso foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), e o caso transitou em julgado em setembro do mesmo ano, tornando a sentença definitiva.

O mandado de prisão contra ela foi expedido em março de 2022. Os crimes pelos quais foi condenada incluem homicídio, sequestro e cárcere privado, destruição e ocultação de cadáver, e associação criminosa.

A reportagem tenta contato com a defesa da médica.

Relembre o caso

O crime, que chocou Minas Gerais, ocorreu em abril de 2010 e teve início no bairro Sion, Região Centro-Sul de BH. Gabriela, junto com outras sete pessoas lideradas por Frederico Flores, sequestrou os empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39.

As vítimas foram submetidas a tortura e extorsão. Após forçá-los a realizar saques e transferências bancárias, o grupo cometeu atos de extrema brutalidade para dificultar a identificação dos corpos e a investigação policial: os empresários foram decapitados e tiveram seus dedos cortados.

Os corpos foram encontrados dias depois, carbonizados, em uma mata na cidade de Nova Lima, na Grande BH, com as cabeças e os dedos decepados, consolidando a alcunha do grupo como o “Bando da Degola”.

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