Petrobras (PETR4) bate recorde de produção e pode pagar dividendos históricos em 2025

A Petrobras (PETR4) deve anunciar dividendos expressivos para o segundo trimestre de 2025, impulsionada por um desempenho operacional acima do esperado. Segundo um estudo exclusivo com base nos dados mais recentes da produção nacional, a estatal bateu recordes em abril e maio, superando a marca de 4,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Esse aumento significativo na produção fortalece o caixa operacional e abre espaço para uma remuneração maior aos acionistas.

Produção em alta: Petrobras ganha participação no mercado

Os números mostram que a produção nacional de petróleo e gás vem subindo desde outubro de 2024, com a Petrobras respondendo por cerca de 90% do total em abril e maio, acima dos 87%-88% registrados anteriormente. Em termos absolutos, a produção operada pela companhia saltou para 4,2 milhões de boe/d em abril e atingiu 4,25 milhões em maio, ambos recordes históricos.

Além disso, a produção comercial — a fração que efetivamente gera receita — também avançou, saindo de uma média de 2,2 a 2,4 milhões de boe/d no ano passado para uma estimativa de 2,5 a 2,6 milhões em maio de 2025.

Como a produção recorde impacta os dividendos?

A robustez da produção influencia diretamente o fluxo de caixa operacional, que é um dos principais determinantes dos dividendos. Para o 2T25, a projeção base considera um fluxo de caixa operacional sobre a marca na faixa de US$ 500 milhões por dólar da marca de petróleo, com preço médio do Brent a US$ 66 e taxa de câmbio em R$ 5,57.

Porém, se a produção elevada mantiver a tendência e se a companhia conseguir otimizar investimentos — como o próprio presidente afirmou que é a meta —, o fluxo de caixa poderia alcançar US$ 530 milhões por dólar da marca, elevando a estimativa de dividendos por ação de R$ 0,75 para R$ 0,84, com um yield estimado de até 2,6% apenas no trimestre.

Caso os investimentos (capex) fiquem mais próximos aos níveis do 1T25 — cerca de US$ 3,9 bilhões em vez dos US$ 4,2 bilhões inicialmente previstos —, os dividendos poderiam atingir até R$ 0,90 por ação no trimestre.

Projeção anual: dividendos de até R$ 3 por ação em 2025

Considerando um fluxo de caixa livre de R$ 90 bilhões para o ano e um payout de aproximadamente 45%, a Petrobras poderia distribuir cerca de R$ 2,99 por ação em 2025, equivalente a um dividend yield projetado superior a 9%, com as ações cotadas a R$ 32,12.

Caso a companhia consiga sustentar a produção recorde e contenha os investimentos ao longo dos próximos trimestres, o dividendo anual poderia alcançar R$ 3,22 por ação, elevando o yield para mais de 10% ao ano.

Tabela resumo das projeções para 2025

Cenário Dividendos por ação (R$) Dividend Yield (%)
Base (fluxo normal, capex alto) 0,75 (trimestre) 2,3%
Fluxo robusto (US$ 530m/dólar) 0,84 (trimestre) 2,6%
Capex otimizado (US$ 3,9 bi) 0,90 (trimestre) 2,8%
Projeção anual conservadora 2,99 9,3%
Projeção anual otimista 3,22 10%

Estratégia da Petrobras: austeridade e eficiência

Em entrevista recente, o presidente da estatal destacou que, em um cenário de petróleo em torno de US$ 65-68, a prioridade é a simplificação de projetos, redução de custos e otimização dos investimentos. A empresa já havia adotado essa postura no 1T25, e a expectativa é de que mantenha essa disciplina nos próximos trimestres.

Essa estratégia não apenas fortalece a rentabilidade, mas também cria espaço para dividendos mais generosos, mesmo em um contexto de preços do petróleo moderados.

Os resultados operacionais da Petrobras no início de 2025 mostram uma companhia mais eficiente e resiliente. Com produção em patamares recordes e potencial de capex reduzido, a estatal pode surpreender positivamente os investidores, tanto em termos de lucro quanto de dividendos. O cenário para os próximos meses sugere que a política de remuneração seguirá robusta, com projeções que já indicam um yield de dois dígitos para o ano.

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