Scanner de valuation aponta Banco do Brasil e BB Seguridade como líderes em dividendos

Uma varredura de valuation realizada em julho de 2025 mapeou as principais instituições financeiras listadas na bolsa brasileira, comparando múltiplos de preço/lucro (P/L) e dividend yield médio dos últimos cinco anos. O estudo, conduzido por meio de um scanner de mercado, apontou o Banco do Brasil como ação mais barata (menor P/L) e com o maior rendimento em dividendos, seguido de perto pela BB Seguridade. O objetivo é oferecer aos investidores de longo prazo um guia de alocação baseado em métricas consolidadas, evitando decisões movidas apenas por especulação de curto prazo.

Mapa de valuation do setor financeiro

Metodologia e métricas

  • Preço/Lucro (P/L) dos últimos 12 meses: indica quanto o mercado paga por R$ 1 de lucro; quanto menor, mais “descontada” a ação.

  • Dividend Yield cinco anos: média anual de dividendos líquidos distribuídos nos últimos cinco exercícios; quanto maior, melhor a geração de renda.

No gráfico de dispersão, as bolinhas mais à esquerda representam as ações mais baratas e as mais altas, as que entregaram maior yield.

Destaques nacionais

  1. Banco do Brasil (BBAS3)

    • P/L: aproximadamente 6× (menor entre grandes bancos)

    • Dividend Yield médio cinco anos: acima de 8%

    • Comentário: combinação de valuation atraente e robusto histórico de distribuição.

  2. BB Seguridade (BBSE3)

    • P/L: em torno de 7×

    • Dividend Yield médio: próximo a 7,5%

    • Comentário: seguradora do grupo destaca-se pela estabilidade e yield elevado.

  3. Santander Brasil (SANB11)

    • P/L: 7,9×

    • Dividend Yield cinco anos: 5,8%

  4. Itaúsa (ITSA4)

    • P/L: 8×

    • Dividend Yield cinco anos: 5,0%

  5. Bradesco (BBDC4)

    • P/L: similar à Itaúsa

    • Dividend Yield recente: 5,58%

  6. Caixa Seguridade (CXSE3)

    • Histórico parcial (IPO em 2021) indica potencial de yield em torno de 6% após nova política de remuneração.

Comparação internacional

Para quem busca referência global, a Itaúsa foi comparada a holdings estrangeiras usando earning yield (lucro/patrimônio) e múltiplos P/L:

  • Itaúsa: earning yield de 13%, P/L de 8×, P/V de 1,4×

  • Berkshire Hathaway: earning yield 7,7%, P/L 13×

  • Bank of America: earning yield 7,2%, P/L 14×, margem de segurança acima de 22% frente ao preço justo

  • JPMorgan: earning yield 7,1%, P/L 14,1×

Esse comparativo mostra a competitividade de valuation da Itaúsa frente a gigantes globais.

Volatilidade histórica e sazonalidade

Análise de dados de 2002 a junho de 2025 revela:

  • Melhores anos: 2003 (+134,7%), 2007 (maior primeiro semestre desde 2002)

  • Piores anos: 2011 (–11%), 2012 (–10%) — queda máxima de 21% combinada

  • 2024: recuo de 3,3%

  • 2025 (até junho): segundo melhor primeiro semestre desde 2002

Essa estabilidade reforça o caráter defensivo da Itaúsa, cuja volatilidade histórica raramente excede 20%.

Oportunidades em opções

Para investidores que buscam renda adicional:

  • Calls cobertas (venc. ago/25): strikes em R$ 10,15 e R$ 11,93, com prêmios entre R$ 0,38 e R$ 0,48

  • Puts (venc. ago/25): strike em R$ 10,40, prêmio mínimo sugerido de R$ 0,30

Tais operações permitem incrementar o retorno da carteira sem abrir mão de uma posição comprada em ações.

Para quem monta carteira de renda de longo prazo, as ações do Grupo Banco do Brasil (BBAS3 e BBSE3) despontam como as mais atraentes, combinando baixo P/L e alto dividend yield. Na sequência, Santander, Itaúsa e Bradesco apresentam bons pontos de entrada, equilibrando desconto e rentabilidade. A análise de volatilidade e estratégias de opções complementam a visão, permitindo ao investidor estruturar alocações mais eficientes e adaptadas ao seu perfil de risco.

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