
Heitor Fonseca, de 9 anos, é morador de Caçapava, no interior de São Paulo. Mesmo com pouca idade, o menino acumula medalhas, troféus e certificados, se destacando nacionalmente por causa da inteligência e do estudo. Menino de 9 anos do interior de São Paulo entra para a sociedade de alto QI.
Arquivo pessoal/Cristiane da Fonseca
Um menino de Caçapava, no interior de São Paulo, tem apenas 9 anos de idade, mas surpreende todos que o conhece desde os primeiros anos de vida. Isso porque Heitor Fonseca tem o QI superior ao de 98% da população mundial.
O percentual de inteligência do menino foi testado e validado por profissionais. Com isso, ele foi selecionado para integrar uma associação nacional de superdotados, que são pessoas com QI elevado e habilidades muito acima da média.
💡 O Quociente de Inteligência, mais conhecido como QI, é uma medida numérica associada à inteligência das pessoas com base nos resultados de testes específicos.
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Em entrevista ao g1, os pais do menino, Cristiane da Fonseca e Raphael Alvarenga, disseram que sempre notaram os sinais de desempenho acima da média do filho, mas acharam que era algo normal.
“Ele sempre foi um bebê muito esperto, desde os 2 anos. Gostava de assistir vídeos em inglês sobre os planetas, formas e números. Entrou na escola com 2 anos e 8 meses já desfraldado. Na formatura, aos 5 anos, foi o orador da turma com uma oratória perfeita. Apesar dessas habilidades, nós não achávamos que ele se destacava, pois acreditávamos que todas as crianças eram assim, até porque eu fui mãe aos 39 anos, e as crianças já nascem cada dia mais espertas”, recordou a mãe.
Heitor Fonseca e seus pais.
Arquivo pessoal/Cristiane da Fonseca
Ainda segundo a família, eles só foram perceber as altas habilidades do filho na noite de formatura do Heitor.
“Na formatura, nós tivemos uma surpresa incrível após a cerimônia, pois várias mães e pais de alunos vieram até mim perguntar como o Heitor lia daquela forma tão perfeita, pois seus filhos não sabiam ler. Então, perguntei para a professora e ela falou que somente ele lia daquela forma, que alguns liam pausadamente e a maioria nem sabia ler frases ainda”, explicou.
Diante da descoberta de como o filho estava avançado, os pais tentaram procurar um especialista para fazer uma avaliação neuropsicológica, mas não tiveram condições financeiras naquele momento.
Cristiane e Raphael tentaram adiar a consulta, mas, enquanto isso, o menino foi se desenvolvendo ainda mais e acumulando conquistas, como:
🖍️No 1º ano, com 5 anos, ganhou um Concurso de Talentos na categoria desenho livre. Ele ganhou em primeiro lugar disputando com alunos mais velhos, até do 5º ano, na escola que estudava;
🤖 No 2º ano, com 6 anos, ganhou a 1ª medalha. Ele foi ouro na OBR, a Olimpíada Brasileira de Robótica;
🥉 No 3º ano, com 7 anos, o menino conquistou medalha de bronze na OBMEP mirim, a Olimpíada Brasileira de Matemática;
🥇No 4º ano, com 8 anos, foi premiado novamente na OBMEP mirim, mas dessa vez com medalha de ouro.
🏆 Além de ter conquistados vários certificados escolares por desempenho, se tornando um aluno destaque na sala de aula.
Menino de 9 anos do interior de São Paulo entra para a sociedade de alto QI.
Arquivo pessoal/Cristiane da Fonseca
Em 2024, os pais conseguiram fazer a avaliação neuropsicológica e o resultado saiu no mês de julho. Heitor começou um acompanhamento psicológico, mas a profissional deu alta para ele, pois, apesar de ter um conhecimento e potencial avançado, isso não estava prejudicando ele em outras esferas da vida, por isso não precisava fazer o acompanhamento.
Em 2025, após ver uma reportagem na televisão, Cristiane e o marido entraram em contato com o Mensa Brasil, sociedade de alto QI, para descobrir se o filho tinha potencial para se tornar membro.
A entidade avaliou o desempenho do menino, confirmou a inteligência acima da média e ele passou a fazer parte da lista de crianças superdotadas da sociedade.
Com muita sede de aprender, além dos certificados, medalhas e prêmios que Heitor já acumula, ele segue buscando novos aprendizados.
O menino começou a participar de várias oficinas online, como astronomia, matemática, física, ciências, programação de jogos, entre outras, para se manter ativo e descobrindo coisas novas toda semana.
“Para nós foi um orgulho saber que nosso filho é talentoso e inteligente, porém nossa maior dificuldade foi saber lidar com isso. No início, não contamos para ninguém, nem mesmo na família, pois ficamos com medo dos julgamentos, das pessoas acharem que estávamos querendo aparecer por conta disso, medo de bullying”, falou a mãe.
“Mas, conversando com pessoas da área, fomos adquirindo coragem e apoio para mostrar ele ao mundo, porque nosso maior propósito é ser inspiração para que outras crianças que ainda não são identificadas, também sejam, e para que a avaliação neuropsicológica seja acessível para todos através do SUS”, completou.
Menino de 9 anos do interior de São Paulo entra para a sociedade de alto QI.
Arquivo pessoal/Cristiane da Fonseca
Segundo os pais, Heitor é muito querido no ambiente escolar, tem bastante amigos e ama matemática e robótica. Além disso, ele participa do Programa de Ensino Individualizado (PEI) e a escola deu total apoio à família.
A família narra que Heitor consegue dosar os estudos e que o menino vive uma infância normal, fazendo brincadeiras comuns para a idade. Ele gosta de ler, assistir vídeos infantis e de ciência, se diverte jogando e programando os próprios jogos em uma plataforma.
O menino também está desenvolvendo no esporte, acompanha o pai no futebol, já fez natação e atualmente faz hapkido, uma luta coreana.
“Ele participa também de um projeto solidário, ‘O Sorriso do Felipe’, que acontece todo segundo sábado do mês. É uma oficina de leitura ao ar livre com várias crianças e a cada encontro um convidado faz a leitura e encenação. O projeto arrecada brinquedos usados em bom estado, que depois são higienizados e restaurados para doar para crianças carentes”, completou a mãe.
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Arquivo pessoal
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