O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira (14), estendendo para seis pregões consecutivos o movimento de baixa, após a pior semana em mais de dois anos. O principal índice da B3 recuou 0,65%, encerrando o dia aos 135.298,99 pontos, pressionado por fatores internos e externos.
A sessão começou com viés positivo, mas a virada do petróleo para o negativo pesou sobre as ações da Petrobras. O barril caiu após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar a Rússia com tarifas de até 100% caso a guerra com a Ucrânia não termine em 50 dias.
Além disso, o IBC-Br de maio — prévia mensal do PIB — decepcionou, registrando retração de 0,74%, quando o mercado esperava estabilidade. O dado derrubou varejistas e empresas ligadas ao consumo.
O risco fiscal também voltou ao radar com a expectativa pela reunião entre governo e Congresso nesta terça-feira para discutir o IOF. O Planalto já sinalizou que pretende manter o poder de elevar a alíquota por decreto, o que gera apreensão nos investidores.
Outro fator de instabilidade foi o chamado “tarifaço” de Trump sobre o Brasil, que continua preocupando empresários e investidores. O presidente Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, têm reuniões amanhã com empresários para discutir a questão — às 9h em São Paulo e às 14h em Brasília.
Dólar e Bitcoin
O dólar também refletiu o clima de cautela e encerrou o dia com leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,58.
Quem se destacou no pregão foi o Bitcoin, que alcançou nova máxima histórica durante a tarde, superando brevemente os R$ 123 mil, impulsionado pela chamada “semana cripto” nos EUA, com debates no Congresso sobre três projetos que podem mudar o futuro do setor. No fechamento, a criptomoeda recuou ligeiramente, ficando abaixo dos R$ 120 mil.
Resumo dos principais números do dia
Indicador | Resultado |
---|---|
Ibovespa | -0,65% (135.298,99) |
Dólar comercial | +0,04% (R$ 5,58) |
IBC-Br (maio) | -0,74% |
Petróleo Brent | Queda no dia |
Bitcoin (máxima do dia) | > R$ 123 mil |
O cenário segue marcado por incertezas externas e internas, com investidores atentos ao desdobramento das reuniões políticas e às negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
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