Familiares de menino morto em ataque de pit bull são indiciados pela polícia


Três pessoas são indiciadas pela morte de uma criança atacada por pit bull
A mãe e os tutores do pit bull que atacou e matou uma criança de 10 meses em Goiânia foram indiciados por homicídio culposo, segundo a Polícia Civil. O delegado Alex Rodrigues, responsável pela investigação, disse que os fatos apontam que os indiciados foram negligentes e assumiram o risco de um ataque (veja o vídeo acima).
Os nomes da criança e dos indiciados não foram divulgados, portanto o g1 não conseguiu localizar a defesa deles.
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O caso aconteceu no dia 27 de maio, no Jardim América. Segundo o Corpo de Bombeiros, a criança chegou a ser socorrida após o ataque, mas morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O anúncio da conclusão do inquérito foi feito nesta quarta-feira (17).
De acordo com o delegado Alex Rodrigues, a mãe, a sogra e o sogro dela, tutores do cachorro, colocaram a criança em risco porque mantiveram a convivência com o cão mesmo após testemunhar a agressividade do animal em outros contextos.
Segundo a polícia, os três indicados foram ouvidos e disseram que não imaginaram que o cachorro pudesse atacar qualquer membro da família, já que foi adotado em 2023 um mês de vida e estava ‘acostumado’ com todos.
“Ele já tinha atacado a proprietária do imóvel onde a família residia, que fez alertas sobre a agressividade do cão e que ele poderia até mesmo escapar e acabar atacando uma criança”, pontuou.
Segundo ele, a mãe e os tutores do pitbull foram negligentes porque mesmo sabendo do comportamento agressivo do cachorro, mantiveram a convivência e “ficaram inertes”, sem tomar medidas que prevenissem um possível ataque.
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O ataque
Imagem do portão da casa onde a criança foi atacada, em Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
De acordo com o delegado Alex Rodrigues, o bebê estava no colo da mãe no momento do ataque. Enquanto ela abria o portão da casa para a sogra, o pit bull avançou na criança. As suas mulheres teriam tentado retirar o cachorro de cima da criança, mas não conseguiram.
Em seguida, o sogro da mãe da criança, que estava no trabalho, também foi chamado para ajudar a socorrer a criança. Segundo o delegado, o homem conseguiu tirar a criança da mandíbula do cachorro.
Com a chegada da Polícia Militar, o pit bull foi atingido por três tiros para contenção e morreu no local. Os bombeiros levaram a criança e ainda atenderam a mãe e outra pessoa que também foram atacadas pelo animal na ocasião.
Casa foi isolada pela Polícia Militar (PM) após o ataque do cachorro
Wildes Barbosa / O Popular
“A criança ainda estava viva quando nossa equipe de primeira resposta chegou, já muito grave. Conseguimos levar ela com vida para a UPA. Só que a informação que chegou pra mim já chegou parada. Lá a equipe médica tentou reanimá-la, mas sem sucesso”, disse o major dos bombeiros, Favaro.
Com o indiciamento, o inquérito policial foi enviado ao Ministério Público do Estado de Goiás. Se as provas forem consideradas suficientes, a promotoria apresentará a denúncia ao Poder Judiciário.
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