Visto negado? EUA insiste em “dois sexos” e rebate deputada trans

A Embaixada dos Estados Unidos diz que o país só reconhece “dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento” em meio à acusação de transfobia contra a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).Isso porque a parlamentar, que é trans, recebeu o visto para o país com sua identificação no sexo masculino. Deste modo, a deputada diz que acionará a Organização das Nações Unidas (ONU) para tratar sobre o assunto.A assessoria justifica que a medida faz referência a representação diplomática à norma 14168, no governo de Donald Trump, que reconhece apenas os gêneros feminino e masculino.“Os registros de visto são confidenciais conforme a lei americana e, por política, não comentamos casos individuais. Ressaltamos também que, de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”, diz a embaixada à coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

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Os documentos apresentados pela parlamentar ao fazer a solicitação a definem como do gênero feminino. Um visto anterior emitido pela mesma embaixada também a identificava da forma correta.A deputada federal afirma que em nenhum momento preencheu qualquer formulário dando margem para a mudança.Regras de gêneroO presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva em seu primeiro dia de governo, em janeiro, autorizando apenas os gêneros feminino e masculino.A ordem estabelece que os formulários governamentais que solicitam informações sobre sexo devem apenas oferecer as opções “masculino” ou “feminino”, e não devem pedir informações sobre identidade de gênero.

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