A Justiça de Minas Gerais condenou um médico mastologista de Itabira, na Região Central de Minas, a 43 anos de prisão por crimes de estupro e importunação sexual cometidos contra pacientes. A sentença, proferida nessa terça-feira (22), atendeu a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e destacou que parte das vítimas estava em tratamento contra o câncer quando os abusos ocorreram.
A decisão judicial reconheceu que o réu, Danilo Costa, aproveitou-se de sua posição de autoridade e da relação de confiança para cometer os crimes dentro de hospitais e consultórios. A conduta foi descrita como uma “grave violação dos princípios profissionais da medicina”.
Além da pena de prisão em regime fechado, o médico foi condenado a pagar indenizações por danos morais às vítimas, com valores que variam de R$ 100 a R$ 400 mil. A Justiça também determinou que o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) seja notificado sobre a condenação criminal.
Relembre o caso
Danilo Costa, de 46 anos, foi preso em 4 de fevereiro deste ano, data que marca o Dia Mundial de Combate ao Câncer. As investigações começaram após a denúncia de uma paciente oncológica de 52 anos.
Em seu relato à polícia, a mulher contou que foi agarrada e estuprada assim que entrou no consultório. Após o abuso, o médico teria lhe dado uma receita e orientado que ela saísse por um corredor lateral para não ser vista. Desnorteada, a vítima foi para casa e contou ao filho o que havia acontecido. A família procurou um hospital na cidade vizinha, João Monlevade, e acionou a polícia.
A coragem da primeira denunciante motivou outras mulheres, incluindo pacientes e colegas de trabalho, a relatarem abusos semelhantes. Com base nos depoimentos, a Polícia Civil pediu a prisão do médico, a suspensão de seu passaporte e realizou buscas em sua casa. Desde então, ele está no sistema prisional.
A reportagem tenta contato com a defesa do médico e com o CRM-MG.
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