A estudante Gabriela Amorim, 20 anos, moradora do bairro Nova Granada, é uma legítima representante da geração Z — que reúne pessoas nascidas entre meados da década de 1990 e 2010. Sempre atenta ao noticiário, ela entende os impactos do aquecimento global, se preocupa com o desmatamento, não consome produtos que consideram animais em sua produção.
“Eu já deixei de comprar maquiagens que fazem testes em animais”, afirma. “Também não uso bolsas e roupas com o tecido extremamente sintético e pagaria até o dobro por um produto, se tivesse certeza que ele é feito com respeito às pessoas e ao meio ambiente.”
Gabriela não está sozinha nesse pensamento. Hoje, 65% dos jovens “Z” estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços sustentáveis. Os dados são da Pesquisa Geração Z e Millenium 2025, da Deloit Consulting.
Para a doutora em marketing Francine Bagatini, a geração Z não considera o consumo apenas uma ação na qual recebe um produto em troca de dinheiro. “Eles enxergam essa atividade como uma extensão da própria identidade. Para eles, comprar é também uma forma de expressar quem são e no que acreditam; são parceiros na construção de significado”, explica.
Ainda de acordo com Bagatini, a internet e a crescente transformação digital mudou a maneira como os jovens se relacionam com as marcas e empresas. Antes havia um relacionamento unidirecional, sem diálogo ou voz ativa para o consumidor. Com a ascensão das plataformas digitais, tudo mudou!
“Hoje comunicar é dialogar. As marcas são, ao mesmo tempo, espelhos e vitrines. Elas mostram quem somos”, complementa.
A especialista considera que a geração Z já nasceu com disposição para dialogar e questionar as marcas sobre a forma como se posicionam no mercado, exigindo delas propósito e respeito ao meio ambiente.

SELO DE CONFIANÇA
Diante do inegável interesse dos jovens da Geração Z por um consumo cada vez mais consciente e sustentável, a pergunta que fica é a seguinte: como eles podem saber se um produto ou serviço impacta o meio ambiente, respeita as pessoas e foi feito de uma maneira ética e sustentável? A gente tem a resposta: procurando conhecer a origem daquele produto. E um jeito rápido, fácil e simples de fazer isso é buscando pelo carimbo SomosCoop, que garante que ele veio de uma cooperativa.
“O coop tem uma sinergia natural com os valores e aspirações da geração Z, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade, inclusão, propósito e impacto social real”, afirma Samara Araújo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB — entidade nacional de representação das cooperativas brasileiras. “Estamos falando de uma geração que não separa consumo de consciência — que escolhe marcas pelo que elas são, não apenas pelo que vendem. Nesse sentido, o modelo cooperativista se apresenta como uma resposta legítima às suas demandas.”
Samara acrescenta que para as novas gerações a sustentabilidade não é uma pauta opcional. “Os jovens têm se distanciado de grandes redes globais e buscado consumir marcas com rosto, história e impacto local”, avalia. “As cooperativas, por estarem ancoradas nas comunidades e comprometidas com o desenvolvimento local, naturalmente adotam práticas mais sustentáveis, geram menor impacto ambiental e promovem economia circular em suas cadeias. Isso gera identificação e confiança.”
De olho na conexão com esses consumidores, as coops brasileiras passaram a adotar em suas embalagens, fachadas e materiais de comunicação um selo que atesta a origem cooperativista da marca: o carimbo SomosCoop. “Esse é um sinal público de compromisso com uma sustentabilidade ampla (social, econômica e ambiental), ancorada nos valores e princípios do cooperativismo”, afirma Samara.
QUEM USA, APROVA
Aqui, em Minas Gerais, mais de uma centena de cooperativas já utiliza o carimbo SomosCoop, ajudando os consumidores a identificar que seus produtos e serviços têm propósito e compromisso com a sustentabilidade.
“A marca agrega valor na gôndola, diferencia nossos produtos e reforça a credibilidade da cooperativa”, explica Juliana Lemos Gabriel, diretora executiva da Cooperativa dos Granjeiros do Oeste de Minas (Cogran). A organização faz questão de utilizar o carimbo cooperativista em suas embalagens e em caminhões de entrega. “Cada vez mais, o público valoriza marcas que tenham propósito. Vemos, nos pontos de venda, que o selo SomosCoop tem despertado curiosidade e ampliado a aceitação dos nossos produtos.
Infogram
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