O Brasil reforça sua posição de destaque na produção de biocombustíveis, com investimentos que devem ultrapassar R$ 1 trilhão até 2034. A iniciativa busca acelerar a transição energética, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e consolidar o país como referência mundial em soluções de baixo carbono.
De acordo com Tatiana Sasson, head de impacto da Lightrock na América Latina, o investimento de impacto é uma ferramenta essencial para escalar projetos de energia limpa. “O Brasil já é o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, e iniciativas como etanol e biodiesel têm potencial para gerar retorno financeiro e impacto ambiental positivo”, destacou.
📈 Leis e incentivos fortalecem o setor
Nos últimos anos, avanços regulatórios vêm estimulando o crescimento da matriz renovável brasileira. A Lei Combustível do Futuro prevê o aumento do uso de etanol e biodiesel, enquanto a Lei do Mercado de Carbono cria oportunidades para empresas compensarem suas emissões por meio da compra de créditos ambientais.
Além disso, a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos conecta projetos sustentáveis a investidores e instituições financeiras, impulsionando o desenvolvimento de soluções para descarbonizar a economia.
💰 Desafios de financiamento e regulação
Para Erasmo Batistela, CEO da BSBIOS, empresa referência em energia renovável, é crucial criar linhas de crédito e mecanismos como o mercado de créditos de carbono para viabilizar a transição energética. “Financiar essa mudança é tão importante quanto definir metas. Sem capital acessível, a expansão do setor fica comprometida”, ressaltou.
Apesar do histórico positivo do Brasil na adoção de matrizes renováveis, ainda há obstáculos, como a alta taxa de juros e a necessidade de maior previsibilidade regulatória. No entanto, especialistas lembram que, assim como ocorreu com a energia solar e eólica, é possível superar esses desafios e tornar as fontes limpas cada vez mais competitivas.
🌍 Protagonismo internacional
A COP 30, que será realizada em Belém, reforça o protagonismo do Brasil na agenda climática global. Na última conferência, o país assumiu a meta de reduzir 67% das emissões de gases de efeito estufa até 2035, em comparação com os níveis de 2005.
Com políticas públicas alinhadas a investimentos privados, o país se consolida como peça-chave no combate às mudanças climáticas, aliando crescimento econômico e sustentabilidade.
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