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Programação diversaA programação do NordesteLAB inclui masterclasses, clínicas jurídicas e de negócios internacionais, atividades formativas para estudantes universitários e mesas temáticas com acesso gratuito ao público. Todas as mesas estão disponíveis no site do evento.Uma das mais aguardadas acontecerá na sexta-feira, 8, às 10h, com a participação da roteirista argentina Carolina Aguirre, criadora da série Invejosa, e da produtora brasileira Mayra Lucas, de De Volta aos 15. Juntas, elas discutem o protagonismo feminino no mercado em ascensão das séries latinas, na mesa “Do Rascunho ao Streaming: Mulheres à Frente do Sucesso das Séries Latinas”, com mediação de Aline Fontes.Logo em seguida, às 11h15, a programação traz uma discussão sobre o uso de imagens de arquivo no documentário brasileiro, com a participação de Emílio Domingos (Os Afro-Sambas: O Brasil de Baden e Vinicius) e Lucas H. Rossi (Othelo, o Grande), sob mediação de Izabel Melo.Ao longo dos quatro dias, o NordesteLAB também oferece atividades voltadas à formação e à construção de políticas públicas. Gabriel Pires reforça o convite para que o público acompanhe não apenas as mesas mais técnicas, voltadas para profissionais do setor, mas também aquelas que tratam da construção de narrativas, do imaginário audiovisual e do papel da cultura no cotidiano.“Temos programação para quem está começando e para quem já está inserido no mercado. As manhãs costumam trazer mesas mais abertas, que discutem temas como documentário, telenovela, representação feminina e inovação narrativa. É um espaço para formação, articulação e também encantamento com o audiovisual”, afirma.Ainda no último dia do evento, a partir das 8h, acontece a palestra ‘Futurologia: lendo tendências e interpretando dados para o audiovisual’, com a roteirista Tamiris Hilário, consultora técnica da ONU Mulheres Brasil, e Fernando Ribeiro (Tomun).Para Tamiris, os dados contam histórias tão importantes quanto os roteiros produzidos para o cinema e a televisão. Na mesa, serão discutidos os achados de um estudo realizado em parceria com o Instituto +Mulheres e a Diversitera, que mapeou quem tem produzido filmes e séries no país nos últimos cinco anos.“Os dados são eloquentes e colaboram para que tenhamos argumentos para promover mudanças e orientar estratégias consistentes”, defende Tamiris. O mapeamento da diversidade, ou da falta dela, é, para ela, um dos caminhos mais concretos para transformar as estruturas que, historicamente, concentram oportunidades em regiões específicas e mantêm invisibilizadas narrativas de outras partes do Brasil.Não por acaso, o mote da edição 2025 do NordesteLAB é “Legado”. E, para Tamiris, não se trata apenas de olhar para o que foi feito até aqui, mas de pensar nas condições que estamos construindo para as histórias que ainda virão.Ela lembra que, embora marcadores como gênero, raça e classe sejam frequentemente citados em discussões sobre diversidade, a origem geográfica também precisa ser levada em conta.“No contexto do audiovisual, esse recorte é bastante relevante, pois os dados informam que o Sudeste concentra a maior parte das oportunidades e investimentos para contar histórias, o que acaba tornando-as homogêneas e pouco representativas”, aponta a consultora técnica da ONU Mulheres Brasil.Reforma tributáriaEntre os destaques da programação está a mesa “Reforma Tributária e o Impacto no Setor Audiovisual”, marcada para a quinta-feira, 7, às 14h30, com participação de João Nobre (Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária – Ministério da Fazenda), André Horta Melo (Conselho Nacional de Secretários de Fazenda – CONSEFAZ), Danielle Barros (Secretária de Cultura do RJ e presidente do Fórum dos Secretários de Cultura) e Gustavo Amaral (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais – APRO), com mediação de Gabriel Pires.Segundo Gabriel, a discussão é urgente diante do risco de extinção das leis de incentivo via renúncia fiscal, que historicamente financiam produções audiovisuais em todo o país.“Não se trata apenas de defender mecanismos em vigor, mas de garantir que, caso sejam substituídos, haja previsibilidade, orçamento definido e mecanismos consistentes para dar continuidade às políticas públicas de fomento, especialmente fora do eixo Rio-São Paulo”, destaca Gabriel.De acordo com o coordenador, um dos objetivos da mesa é reunir representantes da cultura e da fazenda, algo raro nos debates públicos sobre o tema. “Pesquisamos e não encontramos até agora nenhuma discussão pública que tenha reunido as secretarias estaduais de fazenda, o Ministério da Fazenda e os gestores da cultura para debater o impacto dessas mudanças no setor audiovisual”, finaliza.NordesteLAB 2025 / A partir de hoje até sexta-feira (08) / Goethe-Institut / Programação completa e mais informações: nordestelab.com.br*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.