Grupo que agrediu aluna em escola utilizava regras de facções criminosas

As alunas que torturaram uma colega dentro de uma escola, em Alto Araguaia, em Mato Grosso, Cuiabá, faziam parte de um grupo “inspirado em facções criminosas”, segundo informações do delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pelo caso. De acordo com a Polícia Civil, a vítima também faz parte do grupo, que inclui cerca de 20 alunas que adotavam regras semelhantes às de organizações criminosas. A vítima recusou a dar um ‘geladinho’ a uma das colegas e foi alvo de um “salve”, ou seja, um tipo de punição interna comum entre membros de facções. Como o grupo agia? Segundo o delegado, o grupo tinha: hierarquia; normas de conduta;e punições, como ocorre em facções.Uma das regras impostas era que a vítima não poderia chorar durante a agressão, sob pena de sofrer ainda mais violência. “Elas resolveram montar esse grupo, e definiram algumas atribuições e algumas regras. A aluna que foi agredida teria descumprido alguma dessas regras”, explicou delegado.Nas imagens divulgadas nas redes sociais, mostram a aluna ajoelhada, sendo encurralada e agredida por outras meninas. Além de socos e chutes, as estudantes usam um cabo de uma vassoura para bater na vítima.

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InvestigaçãoDe acordo com o delegado, durante os depoimentos, as suspeitas confessaram ter agredido outras quatro colegas em situações semelhantes. Os celulares das adolescentes foram apreendidos e os vídeos das agressões foram localizados pela polícia.A investigação também revelou que algumas das alunas envolvidas têm histórico familiar ligado a facções criminosas, o que pode ter influenciado a criação do grupo dentro da escola. Uma das adolescentes já havia sido conduzida à delegacia por estar em companhia de membros de uma facção, um deles portando drogas.A Polícia Civil informou que irá recomendar ao Ministério Público a internação das adolescentes envolvidas.O que diz a Secretaria Estadual de Educação? Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) informou que está investigando o caso e que equipes da gestão da escola e da Diretoria Regional de Educação foram mobilizadas para prestar apoio psicológico à vítima, aos envolvidos e às famílias do estudantes. O estado de saúde da vítima não foi divulgado.A pasta também destacou que pretende aplicar “punições exemplares dentro do que permite a legislação”, mas não especificou quais medidas foram tomadas contra as alunas envolvidas.

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