O SNAG11, Fiagro da Suno Asset, segue se consolidando como uma opção estável para investidores que buscam renda passiva com risco controlado. Com patrimônio líquido de R$ 620 milhões e mais de 114 mil cotistas, o fundo tem distribuído rendimentos mensais de R$ 0,11 por cota, o equivalente a um dividend yield anualizado próximo de 14%.
Apesar da cotação ter se mantido praticamente estável no último mês, a gestão optou por reforçar as reservas, aumentando o colchão de resultados acumulados de R$ 3 milhões para R$ 4,5 milhões. Com isso, o fundo teve capacidade de pagar até R$ 0,13 por cota, mas optou pela prudência.
Destaques do SNAG11: distribuição, reserva e desempenho
Indicador | Valor |
---|---|
Patrimônio Líquido | R$ 620 milhões |
Cotistas | 114 mil |
Rendimento mensal (últimos meses) | R$ 0,11 por cota |
Dividend Yield (anualizado) | ~14% |
Resultado acumulado | R$ 0,08 por cota |
Reservas mensais acumuladas | R$ 4,5 milhões |
Rentabilidade no mês | 1,0% (abaixo do CDI) |
Alocação dos ativos
A maior parte da carteira está alocada em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) pulverizados, com destaque para a operação estruturada com a Boa Safra, que reúne 88 devedores em um único CRI, oferecendo grande diversificação. A maior exposição individual não ultrapassa 9%.
A carteira tem predominância de operações indexadas ao CDI, com poucos ativos em PSA (Preço de Safra Ajustado), mantendo a previsibilidade do rendimento.
Panorama do agronegócio: margens e ameaças externas
O relatório gerencial do SNAG11 traz um panorama do mercado de soja, milho e café. A safra 2025/2026 no Brasil caminha positivamente, especialmente para a soja, cuja demanda internacional segue firme, impulsionada pelo uso de farelo na ração animal e pela produção de biocombustíveis.
Contudo, o milho enfrenta margens mais apertadas devido ao alto custo de fertilizantes, pressionando o produtor. O Itaú estima margem recuando para 21%, ainda superior ao fundo do poço recente (11%). Já o café mantém margens acima de 50%, mesmo com queda nos preços.
Riscos geopolíticos e fertilizantes
Um dos pontos de atenção é a dependência do Brasil por fertilizantes da Rússia. A possibilidade de sanções internacionais ou restrições comerciais, intensificadas pelas tensões entre Estados Unidos, OTAN e Rússia, pode impactar diretamente os custos de produção e, consequentemente, os ativos do SNAG11.
Estratégia da gestão: previsibilidade e controle de risco
O SNAG11 mantém a linha conservadora e transparente: não possui ativos próprios da gestora, nem exposição a estruturas complexas como VRTMs. A ausência de alavancagem e a diversificação geográfica (com destaque para Minas Gerais) reforçam a tese de risco reduzido.
A performance do fundo em julho ficou abaixo do CDI (rendimento de 1,0% contra 1,16% do CDI), mas a gestão sinaliza que parte do resultado foi retido para fortalecer a reserva, o que contribui para a estabilidade de pagamentos futuros.
O post SNAG11: Fiagro da Suno entrega estabilidade, reservas crescem e rentabilidade desafia o CDI apareceu primeiro em O Petróleo.