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Flipelô como espaço de visibilidade para novos autoresA 9ª edição da Flipelô acontece entre os dias 6 e 10 de agosto, com mais de 250 atividades gratuitas no Centro Histórico de Salvador. Realizado pela Fundação Casa de Jorge Amado, o evento deste ano homenageia o dramaturgo Dias Gomes.Para H.F Pessoa, a festa literária vai além da exposição de livros. Segundo ele, o papel social e cultural da Flipelô é fundamental para o fortalecimento da cena literária local e nacional. “Eu acredito que feiras e festas literárias criam oportunidades que autores independentes normalmente não possuem”, pontuou.Ele também destaca o caráter não comercial do evento: “O fomento da arte e da literatura na Flipelô é muito palpável. Percebemos que não é um viés comercial, é um viés de fomento à cultura, à literatura, à arte, então, para mim, a Flipelô tem um papel extraordinário.”Uma fantasia sombria feita no BrasilA trajetória de H.F no universo literário é marcada por sua dedicação à saga ‘O Diário de Hass’, um projeto de fantasia sombria que também flerta com o terror. “O Diário de Hass é uma fantasia sombria. Temos o aspecto de fantasia unindo com um pouquinho de terror, mas é predominantemente fantasia”, explicou.Atualmente, o autor está trabalhando no sexto volume da série, e planeja chegar a pelo menos oito livros. “Eu escrevo a saga O Diário de Hass de forma ininterrupta, estou lancei o quinto livro esse ano. Agora a gente continua a escrita do sexto livro, a previsão é que a saga tenha pelo menos oito”, detalhou o autor.A escrita, segundo ele, é parte da rotina: “O meu trabalho é contínuo, com O Diário de Hass. Todos os dias eu escrevo mais um pouquinho, mais um pouquinho, até chegar aí à previsão.”Literatura acessível para novos leitoresMais do que contar histórias, o projeto de H.F Pessoa tem um forte compromisso com a inclusão. Seus livros são adaptados para leitores com dislexia ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), buscando resgatar o gosto pela leitura em quem teve experiências ruins com livros no passado.“Meu trabalho é um trabalho adaptado para pessoas que têm dificuldade, então atingir mais pessoas, trazer pessoas que têm dificuldade, dislexia, TDAH, ou pessoas que tiveram péssimas experiências com leitura”, afirmou.Seu maior sonho enquanto escritor é ampliar o alcance dessa proposta: “Eu quero viajar bastante, apresentar, falar dos livros. Para que assim a gente consiga entrar em escolas e apresentar esse projeto.” E completa: “Meu sonho enquanto escritor é fazer a minha obra chegar cada vez mais rápido, mais longe e atingir o maior número de pessoas.”Literatura fantástica além das fronteiras internacionaisApesar da falta de visibilidade para escritores brasileiros que escrevem fantasia, o autor observa uma mudança em andamento. “É um espaço pequeno, mas eu percebo em feiras iguais a Flipelô, que o espaço está crescendo e cada vez maior. São espaços iguais a esse que a gente consegue perceber que existe esse público”, afirmou.Ele reforça que o Brasil tem potencial criativo nesse campo. “A nossa literatura fantástica é muito rica, a gente consegue desenvolver muita coisa aqui no Brasil, mas faltam espaços para a divulgação”, finalizou.