A diarista Kátia Regina Silvério, de 44 anos, que matou o marido e concretou o corpo dele em casa, no bairro Granja Werneck, na região Norte de Belo Horizonte, foi condenada nessa sexta-feira (8) a 10 anos, 6 meses e 15 dias de prisão em regime fechado. O crime ocorreu em outubro de 2022, na Ocupação Rosa Leão, após uma discussão. O direito de recorrer em liberdade foi negado.
Conforme as investigações, Kátia esganou Marcos Antônio Soares com as mãos e depois o estrangulou com um fio de carregador de celular enquanto ele dormia. Após isso, a mulher escondeu o corpo embaixo da cama e o cobriu com massa de cimento e argamassa.
Durante os oito dias seguintes, Kátia teria simulado o desaparecimento do companheiro, inclusive orientando a própria filha a registrar um boletim de ocorrência na polícia. O corpo só foi encontrado no dia 6 de novembro.
Conforme o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o crime foi motivado por ciúmes e pela recusa da mulher em aceitar o fim do relacionamento com Marcos, com quem ela convivia há 18 anos.
A defesa da diarista alegou que o homicídio foi cometido “sob o domínio de violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima”. O juiz Luiz Felipe Sampaio reconheceu o crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O magistrado ainda aceitou a argumentação da defesa, o que permitiu que a pena fosse reduzida de um sexto a um terço.
Mulher confessou o crime
Durante o julgamento no Tribunal do Júri, Kátia, que já havia confessado o crime em depoimento a polícia, manteve a versão, alegando que tinha um relacionamento abusivo com a vítima, no qual era agredida verbal e fisicamente.
Além disso, a diarista afirmou que o início do relacionamento com Marcos foi tranquilo, mas que, depois, ele se mostrou uma pessoa agressiva e ciumenta. Ela explicou que chegou a terminar com o companheiro algumas vezes por causa desse ciúmes.
Kátia relatou que o casal tinha acesso ao celular um do outro e que, no dia do crime, descobriu que Marcos tinha uma amante. Ela contou que ficou “transtornada com a descoberta” e que ambos discutiram muito, com agressões físicas de ambos os lados. Kátia afirmou que, quando se deu conta, já estava sobre Marcos, o enforcando.
Ela completou dizendo que escondeu o corpo debaixo da cama porque teve receio de perder os filhos e a família. Alegou que, em estado de choque, não conseguiu pensar em outra alternativa.
Os três filhos do casal – que tinham na época três, nove e 17 anos – estavam em casa no momento do crime. Segundo depoimento da mulher, ela deixou o volume da televisão no máximo para que eles não ouvissem ou suspeitassem do que acontecia.
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